
Aos pés da deusa
Eis minha senhora, é pela sua mão,
que minha carne treme,
é pela dor que me causa, que meu olho chora,
deusa encarnada,
usa os homens como descanso para seus pés,
pisoteando a carne esfolada, ri dizendo:
apenas um capacho, isso que tu és!
reclamo, choro, peço piedade,
mas ela pega o chicote,
e golpeia-me com crueldade, grita:
deixa de ser fracote! me flagela,
para minha felicidade,
e assim, minha rainha,
atinge seu gozo melhor, à custa da minha dor,
à custa do meu suor,
mais calma, ela me concede,
que eu lhe lamba a sola, me humilha e fala:
mas enquanto lambe, rebola!
minha deusa está cansada,
ua sola está suada,
lambo sôfregamente,
a substância salgada,
e antes, que eu me esqueça,
não pensem mal da minha dona,
ela não é má,
depois afaga minha cabeça, e me diz:
minha coisinha chorona...
ela me puxa pela coleira,
então me envolvo em suas pernas,
que beijo e lambo da melhor maneira,
e rezo, para que aquelas horas sejam eternas...
Feetman
Nenhum comentário:
Postar um comentário