EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

23 de maio de 2011

I Encontro BDSM Nordeste - Maceio - AL de 21 a 24 de abril de 2011





O Poder com doçura, a determinação com meiguice, a entrega sem medo, a confiança total e inquestionável, a obediencia avassaladora, o equilíbrio emocional irrefutável. O escravo luke seguindo sua DONA para onde quer que for levado... silencioso... tranqüilo... em paz... unicamente acompanhando... indo... sempre indo...
Fotografias eternizam momentos mágicos, de premissas verdadeiras:
O sonho de toda mulher é ter um homem a se
us pés !!!

Rainha Victoria Catharina


I Encontro BDSM Nordeste - Maceio - AL de 21 a 24 de abril de 2011

SE EU QUISER

Se quiser caminhar sobre as águas
Caminho!
Nem que tenha de lutar contra ventos e tempestades
Dobrar Cabos Sem Esperança e vontades
Vencer um qualquer Adamastor.

Se quiser voar como as aves
Eu vôo!
Mesmo desafiando leis e gravidade
Serei asas, vôo e liberdade
Quebrarei amarras do destino plano e raso
E nada impedirá céu e vôo.

Se quiser como um verme rastejar
Morder dos outros passos e terra
Como um verme rastejarei!

Porque minha
É a minha vontade
E minha a liberdade
E se chão quiser ser
Pó, terra e chão serei!

ENCANDESCENTE



I Encontro BDSM Nordeste - Maceio - AL de 21 a 24 de abril de 2011





"Desnuda-me,
retira-me a flor da pele,
de flor e pele já prescindo.
Instila-me um pouco a pouco de loucura:
“... grandes goles, d’água do esquecimento...”,
o imprevisível curso de um barco à deriva,
a paz,
com a infusão do
inconstatável."

Waldir Pedrosa Amorim in: O Avesso da Pele

I Encontro BDSM Nordeste - Maceio - AL de 21 a 24 de abril de 2011

"Levantar a cortina e dar um passo para trás dela! Eis tudo! E por que tremer? Por que hesitar? "É por se ignorar como é por detrás dela? Por que não há volta? E é esta a característica mais evidente do nosso espírito, supor que é tudo confusão e trevas aquilo sobre o que não sabemos nada ao certo."

Werther

"Cinzenta, caro amigo, é toda teoria,
Verdejante e dourada é a árvore da vida!"

Mefistófeles


Goethe

I Encontro BDSM Nordeste - Maceio - AL de 21 a 24 de abril de 2011




"Uso a palavra como quem a veste; desnuda-se de vestes; traduz-se; simplifica-se. Sempre pelo avesso para sentir o lado de dentro. E sempre sob a pele, para nunca tatear o que não toque um sentimento."

(Katyuscia Carvalho)

I Encontro BDSM Nordeste - Maceio - AL de 21 a 24 de abril de 2011











I Encontro BDSM Nordeste - Maceio - AL de 21 a 24 de abril de 2011





"Não, não ofereço perigo algum: sou quieto como folha de outono esquecido entre as páginas de um livro, sou definido e claro como o jarro com a bacia de ágata no canto do quarto - se tomado com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocado por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada."

Caio Fernando Abreu



10 de maio de 2011

A RAINHA DO FLAGELO


A RAINHA DO FLAGELO


Você, por acaso, já ouviu falar na Madame Theresa Berkley? Bem, se não ouviu, vou lhe contar algo interessante sobre ela. Se já ouviu, paciência; vou contar assim mesmo.


Theresa Berkley foi dona de um bordel no número 28 da Charlotte Street, Portland Place, bairro de Londres. Mas, sua casa de entretenimento masculino e feminino, não era como outra qualquer do ramo.


Em 1718, quando foi publicado, na Inglaterra, anonimamente, um livro chamado Tratado sobre o Uso do Açoite - embora o título tenha um caráter um tanto científico - o conteúdo continha um teor claramente pornográfico. Rapidamente, o tratado se espalhou pela Europa e virou moda com o nome de vício inglês; o que equivalia dizer que ninguém gostava mais de apanhar na cama do que um inglês. É aí que entra madame Berkley. Determinada a atuar na área do entretenimento masculino e tendo ciência do gosto de seus conterrâneos, montou no mencionado endereço, um bordel especializado em tortura e flagelação e, assim, tornou-se a pioneira do sadomasoquismo.


Theresa era uma amante perfeita dessa arte, por isso não ficou só na tradicional coleira e o dolorido chicotinho. Sua casa era realmente um local de tortura. Para satisfazer os clientes, ela aprimorou e criou numerosos instrumentos de tortura. Usava diversos tipos de chicotes, de vários tamanhos, com nove correias de couro, conhecido como gato-de-nove-rabos, porque tinham nas pontas, unhas de metal, semelhantes a dos felinos. As varas para o açoite eram mantidas na água, de modo que quando usadas, estivessem sempre verdes e flexíveis. Cintas feitas de exclusivo couro grosso com pregos de uma polegada, que perfuravam a pele mais dura e deixavam flagelos que levavam um bom tempo para cicatrizarem. Vários tipos de escovas, como: a escova de furze (uma sempre-viva espinhosa), de urtigas. Além diisso tudo, na primavera de 1828, uma obra-prima de tortura foi inventada para sua casa: o Cavalo de Berkley.


A descrição desse aparelho, responsável pelos gritos dos clientes de Madame, vem de um nobre inglês vitoriano, aficionado em sacanagens, chamado Henry Spencer Ashbee: “(...) era uma espécie de pau-de-arara móvel que podia ser girado tanto na vertical como na horizontal. Assim, sem muito esforço, a Madame, ou as moças e os rapazes que trabalhavam para ela, infligiam a dor exatamente no ponto desejado pelo cliente”. E, por incrível que pareça, conclui Henry, “muitos nobres exibiam com orgulho as marcas e cicatrizes deixadas pelas torturas a que se submeteram”. O cavalo original está, hoje, exposto na Sociedade Real de Artes, e foi doado pelo Doutor Vance, o testamenteiro dela.


Assim, no bordel de Madame Theresa Berkley, quem ia com bastante dinheiro, poderia ser açoitado, chicoteado, fustigado, agulhado, pendurado, escovado, perfurado, ou seja, torturado até ficar satisfeito.


Segundo o texto abaixo, extraído da correspondência de um devoto apaixonado pela flagelação, e profundo conhecedor do assunto, naquela época, as mulheres eram muito mais apaixonadas em agitar a vara de flagelo e vice-versa, que os homens:

"Em minha experiência eu conheci pessoalmente várias senhoras da nobreza que tiveram uma paixão extraordinária e uma severidade impiedosa em administrar a vara. Eu conheci a esposa de um clérigo, jovem e bonito, que levou o gosto ao excesso. Eu soube que a pessoa quando bebia tornava-se vulgar e se permitia ser açoitada até que o fundo dela ficasse totalmente em carne viva e a vara saturada com sangue; ela durante a flagelação gritava: 'mais forte! mais forte! ' e blasfemava se assim não fizessem. Dum estabelecimento em Londres, do qual eu suprimo o nome, vinham vinte meninas que passavam por todas as fases do chicote até se tornarem professoras.”


Numa noite de setembro de 1836, a famosa casa de Miss Berkley estava silenciosa. Nem um grito, nem uma visita, madame Theresa Berkley havia falecido. Foi uma morte súbita e inesperada, pois era um tanto jovem. Durante oito anos ela não só governou seu bordel com maestria, como foi uma completa mulher de negócio, acumulou durante esse tempo uma considerável soma de dinheiro...


Nessa mesma noite, chega ao número 28 da Rua Charlotte, apressado e aparentando estar nervoso, o Dr. Vance, responsável pelo testamento. “Onde está o cofre de Theresa”? Pergunta para um criado. Era nesse cofre que Theresa guardava todas as cartas, nomes e recibos dos clientes de seu bordel. O doutor, sem nenhum remorso, queimou toda a papelada.


Conta-se que algumas das figuras (masculinas e femininas), de maior destaque da nobreza britânica eram clientes exclusivas do local, como o rei da Inglaterra, George IV. Portanto, a história da Inglaterra poderia ser outra, se o doutor não tivesse ateado fogo aos papéis.


Logo após a morte de Theresa, seu irmão, missionário durante 30 anos na Austrália, chegou à Inglaterra, mas quando ele tomou conhecimento de que sua irmã lhe havia deixado a mais famosa casa de flagelação da Inglaterra como herança, renunciou a propriedade e voltou imediatamente para a Austrália. Na falta do herdeiro, a propriedade passou ao Dr. Vance (médico e testamenteiro dela) ele também se recusou a administrar o bordel, e tudo ficou para a coroa inglesa.


Por essa época, já havia em Londres diversas casas especializadas em flagelação, como a da senhora Collette e da senhora Emma Lee. No entanto, em matéria de dor como êxtase, Miss Berkley foi, indubitavelmente, a rainha de sua profissão, ninguém a superava.

By Ba®ba.

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

Musica em minha vida para tocar a tua!

"A vida:... uma aventura obscena de tão lúcida..." Hilda Hist

"És um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo..." Caetano Veloso

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo
RAINHA VICTORIA CATHARINA

"De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua." Yeda P. Bernis

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos" Fernando Veríssimo

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."