EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

27 de janeiro de 2010

Minha Eterna Rainha Victoria Catharina

Sobre o tempo, as coisas, as pessoas e o movimento...

"Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal -, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas.

Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para falar, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, o ver, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também.

Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão.
No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto - preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um Caminho.

Esse, simples mas proibido agora: o de tocar no outro. Querer um futuro só porque você estará lá, meu amor. O caminho de encontrar num outro humano o mais humilde de nós. Então direi da boca luminosa de ilusão: te amo tanto. E te beijarei fundo molhado, em puro engano de instantes enganosos transitórios - que importa?
(Mas finjo de adulto, digo coisas falsamente sábias, faço caras sérias, responsáveis. Engano, mistifico.

(Disfarço esta sede de ti, meu amor que nunca veio - viria? virá? - e minto não, já não preciso.)

Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida.

Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus.

Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço. Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido.

Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas caírem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã."

Caio Fernando Abreu

25 de janeiro de 2010

Hummm !!!

"Só conseguirá compreender o que é uma propriedade quem lhe tiver sacrificado uma parte de si próprio, quem tiver lutado para a salvar e sofrido para lhe dar beleza."

Saint-Exupéry

Libertas quae sera tamen


"Quem, em nome da liberdade, renuncia a ser aquilo que devia ser, já se matou em vida: é um suicida de pé. A sua existência consistirá numa perpétua fuga da única realidade que era possível."

José Ortega y Gasset

Agradeço

"Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores."

Kahlil Gibran

24 de janeiro de 2010

...cem palavras !!!

"Sou a estrela que surge do mar, do mar crepuscular,
Trago aos homens os sonhos que regem seus destinos.
Trago as marés lunares às almas dos homens,
Os fluxos e refluxos repetidos das marés;
Esses fluxos e refluxos alternados das máres;
Esses são o meu segredo, esses pertencem a mim.
Sou a Eterna Mulher, eu sou -
As marés das almas de todos os homens me pertencem,
Os fluxos e refluxos repetidos das marés;
As secretas, silentes marés que governam o homem;
Estes são os meus segredos, que pertencem a mim.

Das minhas mãos recebem ele o seu destino;
O toque das minhas mãos trás serenidade -
Essas são as marés lunares, essas me pertecem,
Ísis no céu, na terra Perséfone,
Diana na lua e Hécate,
Ísis velada, Afrodite do mar.

Todas essas eu sou e elas são vistas em mim.
A lua cheia brilha no meio do céu,
Ouço as palavras de invocação, ouço e apareço -
Shaddai el Chai e Rhea, Binah, Géia,
Vim para o homem que chamou por mim ".

Dion Fortune

21 de janeiro de 2010

Hummm ...



“Eu gosto dos que tem fome, dos que morrem de vontade, dos que secam de desejo, dos que ardem...”

Adriana Calcanhoto

15 de janeiro de 2010

Fazer o que??? comer com os olhos...







"Nunca tive os olhos tão claros e o sorriso em tanta loucura. Sinto-me toda igual às árvores: solitária, perfeita e pura."


Cecilia Meirelles

9 de janeiro de 2010

Delíciaaa...

SUBMISSÃO MASCULINA

Não tem coisa mais linda...
Do que estar apaixonado.
Trazer-te flores.
Enxugar tuas lágrimas.
Escutar o que tens a dizer.
Trazer teu sorriso de volta.
Cumprir teus desígnios.
Ser capaz de te dar prazer.

Na há nada melhor...
Do que viver enfeitiçado.
Levar café na cama.
Cozinhar para você.
Buscar um copo d´água.
Passar tuas roupas.
Fazer cafuné.
Por que não? Massagem no pé!
Aquecer-te.
Lavar tuas calcinhas (todas - uma por uma).
Limpar teu banheiro.
Dar minha vida para você fruir.
Morrer de amor.

Não tem coisa igual a homem submisso...
Apaixonado e casto.
De olhos bem fechados.
Frustrado e instigado.
Punhos algemados.
Tão entregue e fiel.
Ajoelhado entre as pernas da companheira.
Lambendo as coxas lentamente.
Chegando dos pés.
Desejando a vagina penetrar.
Provando com prazer todos os cantinhos.
Chupando as entranhas da vagina com devoção.
Respirando lentamente.
Tremulamente.
Um orgasmo após o outro.
Doce loucura ser assim...

Saudações SM

submisso

8 de janeiro de 2010

... quero as TEMPESTADADES !!!

raio caindo 22raio caindo 22
Entusiasmo

Por uns caminhos extravagantes,
Irei ao encontro desses amores
- por que suspiro – distantes.

Rejeito os vossos, que são de flores.
Eu quero as vagas, quero os espinhos
e as tempestades, senhores.

Sou de ciganos e de adivinhos.
Não me conformo com os circunstantes
e a cor dos vossos caminhos.

Ide com os zoilos e os sicofantes.
Mas respeitai vossos adversários,
que nem querem ser triunfantes.

Vou com sonâmbulos e corsários,
poetas, astrólogos e a torrente
dos mendigos perdulários.

E cantamos fantasticamente,
pelos caminhos extravagantes,
para Deus, nosso parente.

Cecilia Meireles







Cuando Nadie Me Ve

Quando ninguém me vê

Às vezes me elevo, dou mil voltas
Às vezes me fecho atrás de portas abertas
Às vezes te conto o porquê deste silêncio
E é que às vezes sou tua (teu) e às vezes do vento
Às vezes de um fio e às vezes de um cento
E tem vezes, minha vida, te juro que penso:
Por que é tão difícil sentir como me sinto ?
Sentir como me sinto ! Que seja difícil

Às vezes te olho e às vezes te deixo
Me empresta tuas asas, revisa tuas pegadas
Às vezes por tudo ainda que não me falhe
Às vezes sou tua (teu) e às vezes de ninguém
Às vezes te juro de verdade que sinto
Não te dar a vida inteira, te dar somente esses momentos
Por que é tão difícil ?
Viver é somente isso, viver é somente isso
Por que é tão difícil ?

Quando ninguém me vê posso ser ou não ser
Quando ninguém me vê ponho o mundo do avesso
Quando ninguém me vê a pele não me impede
Quando ninguém me vê posso ser ou não ser
Quando ninguém me vê

Às vezes me elevo, dou mil voltas
Às vezes me confino em seus olhos
Às vezes me fecho atrás de portas abertas
Às vezes de conto o porquê desse silêncio
E é que às vezes sou tua (teu) e às vezes do vento

Te escrevo do centro da minha própria existência
De onde nasce os desejos, a infinita essência
Tem coisas muito tuas que eu não compreendo
E tem coisas muito minhas, mas é que eu não as vejo
Suponho que penso que eu não as tenho
Não entendo minha vida, os versos se acendem
Que no escuro te posso, sinto muito, não acerto
Não acenda as luzes pois estou com
A alma e o corpo nus.

Alejandro Sanz

Gostosossss !!!

Manda-me verbena ou benjoim no proximo crescente, e um retalho roxo de seda alucinante, e mãos de prata ainda (se puderes). E se puderes mais, manda violetas (margaridas talvez, caso quiseres). Manda-me osiris no próximo crescente e um olho escancarado de loucura (em pentagrama, asas transparentes). Manda-me tudo pelo vento: envolto em nuvens, selado com estrelas, tingido de arco-iris, molhado de infinito (lacrado de oriente, se encontrares).


Caio Fernando Abreu




5 de janeiro de 2010

O amor na visão das crianças !!!

"Amor" foi o tema de pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia a um grupo de crianças entre 4 e 8 anos, nos EUA, e transcrito no jornal "O que é o amor?"

* Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta - Nikka, 6 anos

* Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô desde então, pinta as unhas para ela, mesmo quando ele tem artrite - Rebecca, 8 anos

* Amor é quando uma menina coloca perfume e o menino coloca loção pós-barba, aí eles saem juntos e se cheiram - Karl, 5 anos

* Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente - Billy, 4 anos

* Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela - Chrissy, 6 anos

* Amor é quando alguém te magoa, e você mesmo muito magoado não grita porque sabe que isso fere seus sentimentos - Samantha, 6 anos

* Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes para ter certeza que está do gosto dele - Danny, 6 anos

* Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso. Aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda- Mathew, 7 anos

* Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de Deus, mas o amor de Deus junta os dois - Jenny, 4 anos

* Amor é quando mamãe vê o papai suado e mau cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford - Chris, 8 anos

* Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo, era a única pessoa fazendo isso e eu já não sentia medo- Cindy, 8 anos

* Amor é quando você fala para um garoto que linda camisa ele está vestindo e aí ele a veste todo dia - Noelle, 7 anos

* Quando você ama alguém seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de você - Karen, 7 anos.

* Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro - Mary Ann, 4 anos

* Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras - Lauren, 4 anos

* Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muitos amigos mesmo se conhecendo há muito tempo - Tommy, 6 anos

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

Musica em minha vida para tocar a tua!

"A vida:... uma aventura obscena de tão lúcida..." Hilda Hist

"És um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo..." Caetano Veloso

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo
RAINHA VICTORIA CATHARINA

"De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua." Yeda P. Bernis

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos" Fernando Veríssimo

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."