EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

22 de fevereiro de 2011

Minha Eterna Rainha, Minha Orgasmaravalha-me Logun



Tigreza

Caetano Veloso

Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days

Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor

Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão

As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento.

10 de fevereiro de 2011

escravo ita_luke em avaliação:












Ser ou não ser eis a questão...

Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz, ou pegar-me em armas contra o mar de angústias - e, combatendo-o, dar-lhe fim?

Morrer; dormir; Só isso.
E com sono - dizem - extinguir dores do coração e as mil mazelas naturais a que a carne é sujeita; eis uma consumação ardentemente desejável.

Morrer - dormir - dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte quando tivermos escapado ao tumulto vital nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão que dá à desventura uma vida tão longa.

Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo, a afronta do opressor, o desdém do orgulhoso, as pontadas do amor humilhado, as delongas da lei, a prepotência do mando e o achincalhe que o mérito paciente recebe dos inúteis, podendo ele próprio encontrar seu repouso com um simples punhal?

Quem agüentaria fardos gemendo e suando numa vida servil, senão porque o terror de alguma coisa após a morte - o país não descoberto, de cujos confins não voltou jamais nenhum viajante - nos confunde a vontade, nos faz preferir e suportar os males que já temos, a fugirmos para outros que desconhecemos?

E assim a reflexão faz todos nós covardes.
E assim o matiz natural da decisão se transforma no doentio pálido do pensamento. E empreitadas de vigor e coragem, refletidas demais, saem de seu caminho, perdem o nome de ação.

William Shakespeare
Hamlet, Ato III, cena 1



Querer ...

"Numa praia, havia uma porção de gaivotas em busca de seu alimento enquanto apenas uma, sozinha, tentava voar de maneira diferente das outras, de uma forma muito especial mas não conseguia, caia. Só que nunca desistia! Tentava voar cada vez melhor.

Quando finalmente conseguiu, descobriu o quanto se amava e o real sentido de viver! Descobriu que podia aprender voar, ser livre! Agora o importante não era receber elogios por sua vitória, queria apenas partilhar com seus amigos o que havia descoberto. Mas eles só lembravam de comer os restos deixados pelos pescadores, migalhas de pão e peixes velhos - pela metade.
Assim não deram importância ao amigo Fernão Capelo Gaivota, que por sua insistência em fazê-los o ouvir acabou por ser excluído do grupo, tendo que viver sozinho em um lugar muito distante.

Mas nem isso fazia Fernão ser triste. O que o entristecia era ver que seus amigos não queriam aprender a voar, aprender a ser feliz, aprender a pegar peixes frescos em cada mergulho magnífico que podiam dar. Descobriu que o medo e o tédio são as razões porque a vida de uma gaivota é tão curta, e sem isso a perturbar-lhe viveu de fato uma vida longa e feliz.

Quando foi para uma terra longínqua conheceu Henrique que lhe ensinou muitas coisas! Porém seu mestre Henrique foi embora, coube então a Fernão Capelo Gaivota a missão de ensinar as novas gaivotas como voar.

Foi no momento em que estas gaivotas pequenas ficaram um pouco maiores, que ele percebeu que já haviam aprendido o necessário e que podiam continuar sozinhas. Então, mesmo ainda sem permissão resolveu voltar para a sua terra, tentando finalmente mostrar a felicidade de voar a seus antigos amigos.

Queria poder ensinar que o paraíso não é em um lugar nem em um tempo determinado , que o paraíso é perfeito, que está ao alcance de todos. É que basta querer que todos podem ir a qualquer lugar a qualquer momento. Realizando os vôos que aprendera, voltou próximo a sua terra. Contudo o mais velho do grupo impediu que os demais falassem ou mesmo olhassem para Fernão. Todavia ao perceberam os seus movimentos e lembrando da antiga amizade, foram se aproximando desejando aprender a voar também.

- Pode me ensinar a voar como você? - Perguntou um deles.
- Claro. - Disse Fernão.
E começou a ensinar que o corpo é o nosso pensamento numa forma que podemos visualizar. Então para voar, basta querer! Ensinou tudo o que tinha aprendido com seu mestre amigo Henrique e mais o que aprendera sozinho ensinando as gaivotas mais novas."


RICHARD BACH - Fernão Capelo Gaivota

Vontade de viver até a ultima gota

"Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida.Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos. Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra. "


Martha Medeiros


9 de fevereiro de 2011

Um doce reconhecimento !!!


1- Quanto tempo de BDSM?

É muito difícil medir o tempo quando se nasce UMA DOMINANTE. Não me recordo de ter sido diferente na minha conduta erótica... Lembro-me perfeitamente, o meu grande encontro com o mundo BDSM foi com o filme HISTORIA DE “O”, estava com 17 anos, o filme havia sido proibido pelo regime militar quando chegou ao Brasil foi aquele reboliço, para consegui vê-lo falsifiquei minha carteira de estudante... nossa peguei uma fila de duas seções de cinema... e ainda sentei -me ao chão... o que mais me alertou o que me mais me confortou foi à convicção plena de que eu não estava sozinha, as filhas eram enormes, todos que estavam ali com certeza eram curiosos e/ou interessados em dirimir suas duvidas interiores quanto ao posicionamento do seu erotismo. Por dedutibilidade lógica : se uma mulher rende-se à um homem ao ponto de tortar-se sua escrava sexual um tbm render-se-á. Com o advento da internet o conhecimento da liturgia, o estudo sério e aprofundado das praticas, da fisiologia humana, do linguajar próprio foi o "Faça-se a luz".

2- Como foi seu primeiro ano no BDSM?

Tudo foi e é muito complexo para ser avaliado ou aquilatado em um ano como “o primeiro” como se determinasse “um começo” do que já me era e é implícito. Nasci o que sou... encontrei-me muito cedo... não existiram variantes a serem seguidas, muito menos duvidas atrozes a perseguir-me. Porem respondo: MUITO FELIZ

3- Você se lembra da primeira pessoa que conheceu?

Sim... Flor de Liz - SSA-Ba (eroticamente submissa) e Roger – SP em SSA-Ba (eroticamente dominador) meus queridos e grandes amigos até hoje, Deus abençoou-me por tê-los conhecido, por ter-me dado à suprema oportunidade de nos tornamos verdadeiros amigos e confidentes. Enxugaram minhas lagrimas e tentei ao maximo secar a deles... sim somos amigos até hoje na definição mais sublime da palavra e na sua acepção mais intensa. Depois conheci outras pessoas... mas deixo aqui registrado outra belíssima amizade que levarei comigo no meu coração enquanto vida tiver... vida sim... um vez que o ser humano é eterno... conheci Milla SSA-Ba (eroticamente submissa) um ser humano lindo, iluminado, um espírito bonito e liberto, escolhida por Deus para disseminar o bem, portadora de um caráter impar, de uma decência sem limites, uma pessoal que se pode confiar sempre em todos os aspectos. Amo vcs três !!! Agradeço reverenciando ao universo por ter conspirado ao meu favor e haver colocado vcs três no meu caminho !!!

2 de fevereiro de 2011

Conheça o seu cão !!!


Não acredito que relacionamentos tenham que ser padronizados. Mas achei esta foto (quase um esquema) na internet estes dias e pensei em simplesmente traduzir aqui para o blog. Vai do gosto de cada um, mas que dá para aproveitar muita coisa daí, dá.

Conheça seu cão!

Gag - Mordaça
O cão fica amordaçado em casa na maioria do tempo, a não ser que esteja bebendo ou comendo. A não ser também que alguém tenha algum uso para sua boca. Esta prática exercita sua humildade e economiza algumas reclamações desnecessárias.

Collar - Coleira
É a coleira colocada diariamente pelo Mestre. É uma lembrança constante de quem é e de seu compromisso. A coleira nunca sai daí.

Handcuffs - Algemas
As mãos sempre algemadas quando não estão sendo utilizadas pelo Mestre.

Leather Shorts - Shorts de Couro
Bem pequenos, bem apertados. São muito humilhantes em público, mas não ilegais. É para ser usado em casa. Isto ou um jockstrap (suporte-atlético), ou chaps (chaparreira).

Knee Pads - Proteção para o joelho
Habilitam o escravo se deslocar de quatro por períodos mais longos.

Nipples - Mamilos
Respondem bem à tortura.

Até mais,
CigarMaster


By :www.ativismobdsm.blogspot.com

1 de fevereiro de 2011

A escultura Vitória de Samotracia, representada sob a forma de mulher alada e colocada sob a proa de um navio de guerra, foi criada para comemorar a vitória de uma batalha naval. Para muitos, esta mulher com um par de asas podia ser assim definida: "Sob o vento, as roupas de seu vestuário se levantam e, molhadas, colam-se ao corpo revelando formas, força, ímpeto e fôlego de vida."

Nada mal, ao meu ver... Esta força... este ímpeto... este fôlego de vida... retratam bem o que se sente ao vê-la pela primeira vez no alto da escadaria de Daru.

A obra-prima, encontrada em 1863, foi criada por volta de 190 a.C e possui 3,28 metros de altura. Ela embeleza uma das entradas de um dos três pavilhões abertos à visitação pública do Museu do Louvre: o Sully. Juntamente com a Mona Lisa (no pavilhão Denon) e a Vênus de Milo (também no pavilhão Sully), ela é ponto obrigatório de visita para todo e qualquer turista que chega à capital francesa e cruza a Pirâmide de Vidro (ainda controversa) para conferir a maior coleção de obras de arte do planeta.

Mas, afinal, há muitos que se perguntam: quem foi Samotracia? Conta a história que um ainda novato escultor grego, sem muita fama e com um currículo artístico minguado, teria sido o criador desta mulher alada, tida como "a beleza em velocidade", uma obra-prima da época helenística. Para exaltar a originalidade de seu estilo e a imponência de sua forma, foi decidido que a criação de Pythocrito de Rhodes deveria ficar em um local que chamasse a atenção, preferencialmente bem no alto, no topo de algo, olhando para o mar aberto.

E assim foi feito... A mulher alada foi colocada na proa de um navio, indicando a vitória de Rhodes sobre Antiochus III (222-187 B.C.). Esta era uma maneira comum dos gregos expressarem sua homenagem aos heróis de guerra.

A Vitória de Samotracia foi concebida através da união de seis blocos de mármore, uma tradição da escultura grega, que costumava utilizar diferentes pedaços de pedra para esculpir suas obras de arte. Depois de séculos, ela acabou sendo descoberta por Charles Champoiseau, arqueologista e cônsul francês em Adrianople, em uma colina na Ilha de Samotracia, daí a razão de seu nome.

Destruída pelo revezar do tempo, o arqueologista a encontrou fragmentada em 118 pedaços. A estátua só foi remontada no próprio Museu do Louvre, quando por lá aportou em 1864. No entanto, um dos mistérios que rodeiam Samotracia nunca foi solucionado: sua cabeça parece ter se perdido para sempre. Ainda nos dias atuais, ela é tida como uma das maiores expressões de arte da Era Helenística. Para refrescar a memória, a Era Helenística marcou a transição da civilização grega para a romana.

Convencionou-se chamar de civilização helenística a que se desenvolveu fora da Grécia, sob influxo do espírito grego. Esse período histórico medeia entre 323 a.C., data da morte de Alexandre III (Alexandre, o Grande), e 30 a.C., quando se deu a conquista do Egito pelos romanos.

Sempre que vou ao Louvre, não deixo de prestar minha homenagem à mulher alada, este símbolo de força, de ímpeto e de fôlego de vida. Subo as escadarias de Daru para chegar aos pés da beleza em velocidade e fico, inevitavelmente, pasma. Em agosto, durante minha última visita ao museu, ouvi alguém comentando, enquanto admirava a estátua grega: "Ela poderia ter qualquer cabeça." Fiquei pensando se esta não seria, sem querer, a mensagem da Vitória de Samotracia: a vitória de qualquer um, de alguém movido pela força, pelo ímpeto, pelo fôlego de vida. E se, mais ainda, esta não seria a razão de seu carisma!


"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

Musica em minha vida para tocar a tua!

"A vida:... uma aventura obscena de tão lúcida..." Hilda Hist

"És um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo..." Caetano Veloso

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo
RAINHA VICTORIA CATHARINA

"De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua." Yeda P. Bernis

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos" Fernando Veríssimo

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."