EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

29 de dezembro de 2007

FELIZ ANO NOVOOOOOOO !!!





A tavola redonda!!!

Vamos fazer deste mundo uma mesa redonda.
Onde não haja pontas indicando poder.
Que sejam servidos pratos de liberdade,
E cálices de paz.
Que mais mentes se abram
Para a conscientização geral
Vamos pensar sobre nossos atos
Para que possamos mudá-los para melhor.
Sejamos responsáveis
E que jamais engulamos a imposição
Para o autoritarismo nunca mais retornar.
Observe bem.
A taça está meio cheia
E não meio vazia.
Que tentemos mudar tudoPara melhor viver.
Pobre de espírito
Aquele que acredita que de outro jeito
Não poderia ser.Um brinde à vida!

Escrito por Reniltys




25 de dezembro de 2007

Ao Cavaleiro Solitário...bjs...bjs...bjs...bjs

ARTE DE AMAR


Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

Manuel Bandeira

23 de dezembro de 2007

Á Rainha Victória Catharina

"Masoquista é o que sofre
Submisso é a que ama
eu sou apenas teu escravo
Tu me dizes quando é para sofrer
ou é para amar"

by dumuz/vânia

Um coração

Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Clarice Lispector

18 de dezembro de 2007

...


recados para orkut



"O fim será o dia em que o homem se tornar absolutamente satisfeito com a vida que está levando, quando ele não estiver mais eternamente batendo nas portas de sua alma com um enorme desejo de fazer algo maior, algo melhor por si e por seus semelhantes esquecendo-se da esperança."

16 de dezembro de 2007

À Rainha Victoria Catharina

Apelo

Porque
não vens agora,
que te quero
E adias esta urgencia?
Prometes-me o futuro e eu desespero
O futuro é o disfarce da impotência....
Hoje, aqui, já, neste momento,

Ou nunca mais.
A sombra do alento é o desalento
O desejo o imite dos mortais.

Miguel Torga

Lembranças da minha adolescência

Mas, no fim de tudo, isso nada importa, a não ser que você veio e sorriu e se apresentou e desceu e caiu e floresceu e chorou e enfeitou e perfumou e mudou e piscou pro mundo e pra mim, e dentro de mim alguma coisa fez ploc e outra fez clic e outra fez um barulho infernal e explodiu, e eu senti na boca um gosto de framboesa e nos pés um gosto de nuvem de chuva e no peito um gosto de o-que-é-isso-meu-deus-do-céu-minha-nossa-senhora-do-perpétuo-socorro-ave-maria-cheia-de-graça-valha-me-deus-todo-poderoso-acuda-jesus-nosso-senhor.
Pois, agora, vê se cuida de mim do meu sorriso do meu olhar do meu peito do meu sonho do meu mundo do meu dia dos meus/nossos filhos do meu pé-de-atleta de meu tudo de meu sempre.

André Gonçalves

Amor

“Um dia, eu perdoei meu inimigo
e fui forte
no outro eu pedi perdão
e fui grande...
um dia, mostrei minhas razões
e fui eloqüente
no outro, ouvi meu próximo
e fui humano...
um dia, lutei pela minha causa
e fui bravo
no outro, lutei pela causa alheia
e fui gente...
um dia, batalhei pelo que queria
e fui perseverante
no outro, dividi o pão
e fui rico!!
um dia, recebi aplausos
e fui admirada
no outro, fiz o bem em silêncio
e os anjos me aplaudiram..
um dia, usei a inteligência
e fui respeitada
no outro, usei o coração
e fui amada.

(autoria desconhecida)

15 de dezembro de 2007

Escolha

By BORIS VALLEJO

Queria ser uma criatura da noite.Uma felina.Uma pantera ou uma outra que, dissimulada, andasse no breu como se nos seus olhos tivesse a claridade do dia.Queria ser cobra e serpentear por entre os obstáculos, subir muros e árvores e com a língua provar o luar.Queria ser partícula de água e navegar poças de água ou grandes oceanos.Queria ser um anfíbio e poder andar ou nadar.Queria poder escolher o meu ser, a minha essência entre terra, água, ar ou fogo.

Aliciante

Desejos insaciáveis de copular

Concepção


Acordei com desejos,
desejos insaciáveis de copular.
Copular com o sol,
transgredir com o tempo,
deitar-me com o vento
e me sentir rodopiar num frenesi
até o firmamento.
Quero me deixar penetrar pela chuva
e num gozo intenso perceber
que não me protegi com o preservativo da ignorância.
Vestida com o lingerie transparente da saudade,
me excitarei com os contornos eróticos das montanhas.
Quero disputar com as flores
a atenção do orvalho.
Depois, em um ninho de pétalas,
acasalar-me com os pássaros.
Dormir agarrada com a terra
até o pôr-do-sol sair envergonhado,
e voltar a saciar-me com as cores do infinito.
Rolar na areia voluptuosamente
e cavalgar no mar morno do entardecer.
Quando a noite chegar,
quero namorar com a lua
e traí-la com as estrelas.
Quero perambular pelos becos desertos
descobrindo todos os prazeres da escuridão.
Como uma mariposa,
voar em círculos lascivos
e entregar-me à chama do lampião.
Cair então saciada, plena;
plena no ventre, com a semente do Universo.
... E parir, tempos depois,
com gemidos de intensa alegria,
a bela e tão sonhada poesia!

By Marise Ribeiro


13 de dezembro de 2007

AMOR


E se eu dissesse que te amo tanto, que te amo mais absolutamente pregado à luz das paredes, ao amarelecer da tarde em que te ausentas, ao entardecer do dia em que teu cheiro revoa preso ainda às almofadas, à cama, aos livros que estiveste lendo, à tua mesa. E se eu dissesse que te amo tanto, que te amo ainda e mais, num amor que espera à janela, que floresce silencioso nas frestas das pedras, nas ranhuras da sacada e vai se urdindo solar contra as nuvens, contra os cinzas, contra a ferrugem do tempo e vai descobrindo os doces embaixo do amargo da língua, onde a palavra é menos signo e mais sinal, onde o som é quietude, um descansar de cabeça no teu peito, tua mão entrelaçada à minha, um vazio que se enche rumoroso de cumplicidade branca e morna. E se eu te dissesse que te amo tanto, que te amo esquecida de como se ama de forma outra que não essa em que me refaço entre tuas mãos, em que doem em mim partos de olhar e fome, ânsia do teu corpo, saliva e menta, tabaco e um cheiro doce aqui mais perto do nariz e meus seios são teus. E se eu dissesse que te amo tanto.

Escrito por Ticcia

Paixão


Ajoelhaste-te aos meus pés e sorriste, querias tocar-me e afasto-te com o pé. Aproveitas a situação e levas o meu pé à boca, beijas, lambes, mordiscas e levas a tua língua a percorrer a minha perna, enquanto que os teus dedos aventureiros abrem caminho. Paraste na virilha, sabias o quanto me estavas a deixar inquieta. Com a boca tentas tirar-me as cuecas e safadamente afasto-te. Deixo-te assim ajoelhado a seguir-me com o olhar, enquanto subo para o quarto.
Caminhava propositadamente a provocar-te, convidando-te a seguires-me. O meu corpo chamava-te, atiçava-te.Quando chegaste estava no meio da cama, de joelhos. Olhaste-me e disseste: "não posso perder-te”. "Vem achar-me, vem descobrir-me..." Foi o que te sussurrei. Despiste-te devagar não tirando os teus olhos de mim, exibias esse corpo lindo como que a dar-me a conhecer o que já sei de cor. Aproximaste-te, beijaste-me e senti o teu corpo nu encostar-se ao meu. O teu calor penetrou-me... Fizeste-me conhecer o prazer pela arte da tua boca, da tua língua. Cravaste-me os dedos na anca e deliciaste-te a ouvir-me gemer, a ouvir-me gritar pelo teu nome.


SUSPIRADO POR WOMAN

11 de dezembro de 2007

Maria Bethânia -

Rio São Francisco


O ciúme

Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme.

O ciúme lançou sua flecha preta e se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre, nem triste, nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta.

Velho Chico, vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti
Não me ensinas
E eu sou só eu só eu só eu.

Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê?

Tanta gente canta
Tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira monstruosa
A sombra do ciúme.
Caetano Veloso

9 de dezembro de 2007

Prisionero

Prisionero

Prisionero de manos y tobillos,
encadenado a los cuatro pilares de mi cama.
Vibrante, tembloroso, de mente libre, y voluntad de esclavo,
tu inmovililidad me excita, y el temblor de tu cuerpo me apasiona.
Cuando mis manos te acarician enredan tu cabello y las gotas de cera recorren tu cuerpo.
Susurros jadeantes, el deseo en los sentidos, perdiendo la noción del tiempo.
Soy pantera que devora. Tu erección inunda y penetra hasta el fondo de mis entrañas.
Y entonces retenerte quiero.
Para que tu cuerpo vibrando como un volcán en erupción derrame gotas de placer.

Lady Lorena









8 de dezembro de 2007

Saudade

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Clarice Lispector

7 de dezembro de 2007

Minha alma


Se alguém perguntar quem sou,
diga que sou o poeta,
que fala de amor,
que fala do vento
e se esquece do tempo.

Se alguém perguntar onde vivo,
diga que vivo no coração
daqueles que conhecem o amor.

Se alguém perguntar por onde eu ando,
diga que ando pela noite
e nela me aqueço.

Se alguém perguntar onde estou,
diga que estou na poesia,
em cada palavra,
na lágrima e também no sorriso.

Se alguém perguntar se eu amo,
diga que sou a pessoa
mais apaixonada do mundo.

Se alguém perguntar onde está a minha voz,
diga que minha voz grita em nome daqueles
que não são ouvidos.

Se alguém perguntar meu nome, diga pode
me chamar de “poesia”.

E se alguém perguntar quem eu sou,
diga que sou apenas alguém que ama vida.

O tempo pode apagar a lembrança de um
rosto ou de um corpo, mas nunca de pessoas como
você que soube fazer de um pequenino instante,
Um Grande Momento!
By Agatha

...

Espero. Sem esforço. Sem tormento. Deito-me na luz da Lua. Flutuo no Mar da Tranquilidade. Sinto a brisa fresca no rosto. Aguardo. Repouso o corpo e o sorriso. Assim permaneço até que os raios do Sol, a tocar o som de uma harpa anunciam a tua chegada. A Lua desaparece no horizonte como se fizesse amor com a terra deitada apaixonadamente sobre o orvalho. A neblina. A humidade pairando sobre o chão. São gotas de suor que nos correm no rosto e nas costas. Somos perfeitos a imitar a natureza.

Aliciante

3 de dezembro de 2007

Anjos... Deuses!!!



Sem idéias,palavras,pensamentos.
Quero fazer que te amo só de amor.
Com sentimentos,sentidos,emoções.
Quero curtir que te amo só de amor.
Olho no olho,cara a cara,corpo a corpo.

Quero querer que te amo só de amor.
São sombras as palavras no papel..
Claro-escuros projetados pelo amor,dos delírios e dos mistérios do prazer.

Apenas sombras as palavras no papel.

Ser-não-ser refratados pelo amor no sexo e nos sonhos dos amantes.
Fátuas sombras as palavras no papel.

Meu amor te escrevo feito um poema de carne,sangue,nervos e sêmen.

São versos que pulsam,gemem e fecundam.
Meu poema se encanta feito o amor
dos bichos livres à urgência dos cios e que jogam,brincam,
cantam e dançam fazendo amor como faço o poema.

Quero a vida as claras superfícies onde terminam e começam meus amores.
Eu te sinto na pele,não no coração.
Quero do amor as tenras superfícies
onde a vida é lírica porque telúrica,
onde sou épico porque ébrio e lúbrico.

Quero genitais todas as superfícies.

Não há limites para o prazer,meu grande amor,mas virá sempre antes,
não depois da excitação.

Meu grande amor,o infinito é o recomeço.
Não há limites para se viver um grande amor.
Mas só te amo porque me dás o gozo e não gozo mais porque eu te amo.

Não há limites para o fim de um grande amor.
Nossa nudez,juntos,não se completa nunca,
mesmo quando se tornam quentes e congestionadas,
úmidas e latejantes todas as mucosas.

A nudez a dois não acontece nunca,
porque nos vestimos um com o corpo do outro,
para inventar deuses para a solidão do nós.
Por isso a nudez,no amor,não satisfaz nunca.
Porque eu te amo,não precisas de mim.
Porque tu me amas,eu não preciso de ti.

No amor,jamais nos deixamos de completar.
Somos, um para o outro,deliciosamente desnecessários.
O amor é tanto,não quanto.Amar é enquanto,portanto.Ponto.

Roberto Freire

2 de dezembro de 2007

Belissimo


Visit www.hostdrjack.com


CLICK HERE!


Queria ser uma criatura da noite.
Um felino.
Uma pantera ou uma outra que, dissimulada, andasse no breu como se nos seus olhos tivesse a claridade do dia.
Queria ser cobra e serpentear por entre os obstáculos, subir muros e árvores e com a língua provar o luar.
Queria ser partícula de água e navegar poças de água ou grandes oceanos.
Queria ser um anfíbio e poder andar ou nadar.
Queria poder escolher o meu ser, a minha essência entre terra, água, ar ou fogo.

Aliciante

30 de novembro de 2007

Espirito

Sou o Espírito da treva,
A Noite me traz e leva;
Moro à beira irreal da Vida,
Sua onda indefinida
Refresca-me a alma de espuma...

Pra além do mar há a bruma...
E pra aquém?

há Cousa ou Fim?
Nunca olhei para trás de mim...


Fernando Pessoa

...

"A única coisa que me mantém de pé é a certeza da alma imortal. Me recuso a reduzir o ser humano à melancolia do cão atropelado. Que pulha seríamos nós se morressemos com a morte!"
Nelson Rodrigues

27 de novembro de 2007

Estrelas


"Quero no escuro, como cego tatear estrelas distraídas"
ZECA BALEIRO
Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Meu anjo

Anjos Caidos

Tu dizes que sou anjo...
Talvez seja, quem sabe?
Mas... se fosse...
(Alertar-te se faz necessário)
Seria daqueles que caíram
Por vontade ou castigo
Pela esperança, motivados
De sentir as humanas expressões
Da Terra, atraídos pelo chão
Abandonando os etéreos espaços
As luzes e os celestes campos
Ansiosos por paixão.
Não seria daqueles anjos belos
Suaves, perfeitos...
E sim daqueles rudes, caricatos
Rebeldes, curiosos...
Confusos, tolos.
Talvez eu, um anjo fora,
Que por ser mais homem
Que anjo,
Preferira cair que subir,
E agora, que é caído,
Permanecer quer assim
Porque assim conheceu
O mais profundo sentimento humano
Aquele que tu, despertaste em mim
O que mais sentir faz
Todas as humanas sensações
E que saber me fez
Que um homem é capaz
De todas as angelicais percepções
O que o faz, mesmo que besta,
Um anjo!

José Antônio Gama de Souza

Sabedoria


CLICK HERE FOR NUTTINBUTTSEXXY GRAPHICS

NuttinButtSexxy

“Duas pessoas têm vivido em você por toda a sua vida. Uma é o ego, tagarela, exigente, histérico, calculista; a outra é o ser espiritual escondido, cuja silenciosa voz de sabedoria você somente ouviu ou reparou raramente - você revela em si mesmo o seu próprio guia sábio.”

Sogyal Rinpoche

Simone e Milton Nascimento - Cais

24 de novembro de 2007

Mi propiedad privada


Para que sepan todos a quién tu perteneces
Con sangre de mis venas te marcaré la frente
Para que te respeten aún con la mirada
Y sepan que tu eres mi propiedad privada
Que no se atreva nadie a mirarte con ansias
Y que conserven todos respetable distancia
Porque mi pobre alma se retuerce de celos
Y no quiero que nadie respire de tu aliento
Porque siendo tu dueña no me importa
más nada
Que verte sólo mío mi propiedad privada
Que verte sólo mío mi propiedad privada
Para que sepan todos a quién tu perteneces
Con sangre de mis venas te marcaré la frente
Para que te respeten aún con la mirada
Y sepan que tu eres mi propiedad privada
Que no se atreva nadie a mirarte con ansias
Porque mi pobre alma se retuerce de celos
Y que conserven todos respetable distancia
Y no quiero que nadie respire de tu aliento
Porque siendo tu dueña no me importa
más nada
Que verte sólo mío mi propiedad privada
Que verte sólo mío mi propiedad privada.



Reina Oscura

Para a Rainha Victoria Catharina:


A solidão não te alterou o sentido de sobrevivência,
Pois alimentas-te da melancolia dos dias passados,
Deste sol abrasador, e decidiste escolher a tua religião
Baseada nas crenças de um mundo melhor, de uma vastidão de sentimentos
Porque sabes que dentro de ti, mora aquela força de sempre
Porque decidiste ser a tua própria pessoa, sem pedra alguma no sapato.
Grita pela tua liberdade, para as nuvens passageiras,
Para o teu coração, a tua sensação de ignorância perante a maldade.
Perdoa a escrita ser pequena e curta, mas a tua mensagem espiritual
É aquilo que assimilo, e não estas parcas palavras.
Dilui a tua sensatez na minha vontade, na minha resistência.
Continua a ser por ti.



Eduardo Coreixo

A espada do vento e do trovão

A espada do vento e do trovão...

Emergindo de um estado de sem vontade
procuro por entre as estrelas um sinal...
nesta viagem busco mais que uma rara realidade...
e além do meu dragão tenho sempre por companhia
a minha espada do vento e do trovão...

foi forjada há muito, mas continua resistente as batalhas,
com a flexibilidade que lhe é característica e devido ao seu bohi
ouço a melodia que há muito preenche os meus dias...

na lâmina sinto um lamento angustiante...
corto o cativeiro imposto pela humanidade,
e deixo-a brilhar em todo o seu esplendor...

reluz sob a luz do fogo que crepita na fogueira,
clama pela liberdade e num murmúrio de rebeldia
corta o vento e faz soar o trovão que contém dentro de si...
sinto-a a cantar...
e unidas por um desejo, partilhando uma paixão,
num momento único... indivisível... onde o mundo não existe,
somos una... doamo-nos mutuamente... em mais uma luta...

luto agora, porque amanhã, quem sabe, já foi tarde demais...
e na verdade, a luta pode não valer o sonho,
mas o sonho vale sempre a luta...


By dreams

22 de novembro de 2007

Dançar

dança para mim como as aves ao vento
dança para mim como folhas no ar
dança para mim num erótico espasmo
de chuva em terra
de regato em serra
de búzio em mar
dança para mim que hoje é dia de festa
vem até mim em clarão de luar
dança para mim. é tudo o que me resta
faz da ausência presença
tira fé da descrença
desloca este planeta
gera uma pirueta.

quero ver-te dançar!

By your-shell

























18 de novembro de 2007

Acreditar

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."


Miguel Sousa Tavares



AMOR



A tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva
Por ti eu sou a leve segurança de um peito
que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata
Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar
Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que vivo é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto.

António Ramos Rosa

Mudar !!!


Confias no incerto amanhã? Entregas
às sombras do acaso a resposta inadiável?
Aceitas que a diurna inquietação da alma
substitua o riso claro de um corpo
que te exige o prazer? Fogem-te, por entre os dedos,
os instantes; e nos lábios desse que amaste
morre um fim de frase, deixando a dúvida
definitiva. Um nome inútil persegue a tua memória,
para que o roubes ao sono dos sentidos. Porém,
nenhum rosto lhe dá a forma que desejarias;
e abraças a própria figura do vazio. Então,
por que esperas para sair ao encontro da vida,
do sopro quente da primavera, das margens
visíveis do humano? "Não", dizes, "nada me obrigará
à renúncia de mim próprio --- nem esse olhar
que me oferece o leito profundo da sua imagem!"
Louca, ignora que o destino, por vezes,
se confunde com a brevidade do verso.


Nuno Júdice

Mistério não desvendado


CLICK HERE FOR NUTTINBUTTSEXXY GRAPHICS

NuttinButtSexxy
Eu sou mistério não desvendado, minha essência é una, entretanto, sou parte do todo que é também mistério um paralelo de tempo que meus sentidos não alcançam, mas que por si só, existe. Sou poeira cósmica, uma espiral inteligente... edifico e dou vida aos meus sonhos e desejos, minha mente esta no universo, desfrutando da parte que já me pertence. Vou para onde desejo ir, afinal, tive que decidir entre o real e o irreal... mas onde esta o real, onde está o irreal... Conheço a dor, o abismo, a escolha de Shofia, a crueldade e os massacres...
Então, determinei pra mim que o mundo em que respiro é irreal... Sou o fogo que queima... O chicote e o açoite...
Não busque em meu canto... Qualquer flor de encanto, beleza brilho ou leveza... Busque em meu verso o reverso... Todo o universo Inverso...
Carne em estrada de pedras... Como toques em caminhos de mármore como gotas de céu azul na tempestade...
Estilhaços entre pétalas de flores.
Carícias em mares de dores, esperanças e temores e a mão que pede entre as pedras. É a mesma que esmaga entre Flores...
Aos corvos que me pousam aos ombros e confidenciam meus abismos rasgados, nunca hes escapam à divisão fractal do meu ser... às vezes anjo, às vezes demônio... as vezes lobo... às vezes fogo, santo buscando inocência no calor das putas... pervertido na clausura dos monges.

Mestre Anorg

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

Musica em minha vida para tocar a tua!

"A vida:... uma aventura obscena de tão lúcida..." Hilda Hist

"És um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo..." Caetano Veloso

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo
RAINHA VICTORIA CATHARINA

"De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua." Yeda P. Bernis

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos" Fernando Veríssimo

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."