EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

25 de junho de 2008

Copo de Água



Eu sou Amar Yasmine, escrava do SENHOR AQUILIS. Fui convidada pela RAINHA VICTORIA CATHARINA, a quem carinhosamente chamo de PODEROSA AFRODITE, para publicar aqui em sua casa coisas do meu mundo, coisas que amo.
Pensei muito no que iria publicar aqui hoje, na minha primeira vez. E pensando e pensando, não pude resistir a dividir com vocês um poema de André Gide que eu amo muito, porque reflete muito do que sou.

À PODEROSA AFRODITE, agradeço a confiança, e o afeto que tem me presenteado. Saiba, SENHORA que és correspondida com imenso carinho e respeito.


Copo de Água

Nós vamos ensinar você o fervor.
Nossos atos se prendem a nós,
como ao fósforo sua luz.
Nos consome
é verdade,
mas fazem nosso esplendor.
E se nossa alma valeu alguma coisa
é por ter ardido
mais intensamente do que outras.
Vamos ensinar a você o fervor.
Uma existência patética.
Não a tranquilidade.
Ser tranquilo é ser trágico.
Eu não almejo outro repouso
que o sono da morte.
Espero depois de ter exprimido nesta terra
tudo que havia em mim.
Satisfeito morrer completamente.
Desesperado por fazer ainda mais.
Nossa vida há de ser diante de nós
como um copo de água gelada.
O copo úmido nas mãos de quem
tem febre e quer beber,
e bebe tudo de uma vez.
Sabendo que devia guardar,
mas não podendo tirar dos lábios
o copo delicioso.
Tão fresca é a água
e tão apaziguadora da sede.



Assim que vivo a vida e o BDSM: "Sem poder tirar dos lábios o copo delicioso. Tão fresca a água e tão apaziguadora da sede."

Estrelas


Para nós toda mulher é uma estrela. Ela tem, portanto, o direito absoluto de viajar em sua própria órbita. Não há motivo por que ela não deva ser dona de casa ideal, se por chance está for a vontade dela. Mas a sociedade não tem direito algum de insistir em estabelecer isso como padrão. Deve ser bem notado que as Grandes Mulheres da História tem sido completamente livres em sua vida amorosa. Safo, Semíramis, Messalina, Cleópatra, Tai chi, Parsifa, Clitemnestra, Helena de Tróia, e em termos mais recentes Joanna D`arc ( de acordo com Shakespeare), Catarina a Grande da Rússia, Rainha Elisabeth I da Inglaterra, Georges Sand. Contra estas podemos colocar Emily Bronte, cuja supressão sexual era devida a seu meio e assim explodiu na incrível violência de sua arte, além das mais místicas religiosas regulares, Santa Tereza e assim por diante, os fatos de cuja vida sexual foram cuidadosamente camuflados paar servir aos interesses dos deuses - escravos. Mas apesar disto, a vida sexual delas era intensa, pois os escritos dessas mulheres estão sobrecarregados de expressões sexuais apaixonadas e pervertidas, mesmo ao ponto de morbidez e alucinação.

Sexo é a principal expressão da natureza de uma pessoa; grandes Naturezas são sexualmente fortes; e a saúde de qualquer pessoa dependerá da liberdade daquela função.

Marcelo Motta

24 de junho de 2008

... escrever... desabafar

Gostaria muito de acreditar nos submissos que se apresenta como meus pretensos escravos, se assim o fosse já teria encontrado o que tanto quero e procuro. Estaria tbm com meu rol de decepções bem menor, a virtual irrealidade da NET tem contribuído ao dar guarida aos mais fracos, mas são unicamente aos covardes... ainda bem.

Não estou à busca de um substituto ipsis litteris do meu antigo namorado-escravo que infelizmente veio a falecer recentemente cada ser humano é único consistindo assim em uma fatia indivisível do próprio Criador, tornando-se desta forma insubstituível no universo.

Quero alguém que se aproxime de todos os relacionamentos que tive no orbe BDSM que não foram subjugadas a um segundo plano ou colocadas de forma jocosa a algo proibido e condenável a se fazer presente na minha existência de forma oculta como se fossemos dois marginais diante de uma conduta errônea e proibitiva diante da lei.

Não tenho relacionamentos baunilhas, nem condeno quem os têm. Não me encontraria de bem comigo mesmo se relegasse meu escravo aos finais de noite ou horas de almoço sempre com pressa, correndo, aflita para não perder demasiado tempo diante compromissos previamente agendados, para tê-lo escondendo-o ou até escondendo-me.

Não quero um saco de pancadas para liberar instintos meramente agressivos e/ou violentos uma vez que não sou agressiva nem violenta e muito menos tenho traumas ou ódio por homens para usar o BDSM para vingar-me muito pelo contrario nasci o que sou e nenhum fator externo influenciou esta minha conduta e aptidão... isto tudo aqui elencado não considero BDSM muito menos fazer amor.

Não gosto de nada que seja subreptício, porem não sou exibicionista, apenas não quero esmolas da vida, sou grande demais para ter algo pela metade ou restos que não foram bem resolvidos de alguém... ou simplesmente ficaram pululando as mentes férteis de machos que lembram do meu sadismo para provocar ereção e chegar até ao orgasmo em suas relações baunilhas.

Sou uma Rainha, uma fêmea, uma mulher que traduz toda sua libido no sadismo erótico... sou sim... assumidíssima uma feroz sádica erótica, preciso de limites, preciso de “safe word”, faz-se necessário muito dialogo com meu escravo.

Entretanto por mais díspare que possa parecer sou extremamente carinhosa, doce, dengosa, meiga, tímida... uma timidez romântica que me deixa rubra diante fatos e situações que possam me colocar embaraçada... mas não confundamos essa timidez com falta de garra ou fôlego diante da vida, sou uma guerreira de uma belicosidade nata e inusitada.

Sei usar o chicote entre beijos, sussurros, lambidas e fico a acalentar meu escravo acariciando-o pelo tempo que assim for necessário... fazendo-o pedir e suplicar sempre por mais... Faço sexo oral, sim... beijo na boca com língua, sim... durmo abraçada, sim... faço amor, sim... ando de mãos dadas... sim, namoro... sim. Adoro penetração, ter um homem por mim penetrado (inversão) penetrando-me é uma sensação inenarrável.


Não uso palavras de baixo calão nem gosto de gritarias ou grosserias ou escândalos. Sinto no meu âmago a solenidade do momento não só estou fazendo amor, como conduzindo a concretização desse amor ao meu companheiro - escravo que por questões obvias DAR-ME-Á PRAZER... simultaneamente DAR-LHE-EI PRAZER.

Rainha Victoria Catharina

23 de junho de 2008

Queridos amigos

Continua minha árdua procura em busca de um escravo, infelizmente os pretendentes que se habilitaram a servir-me não possuem a devida coragem da entrega e vivem claudicando entre a verdade interior que lhe é intrínseca associado ao medo feroz de se declararem assumindo de forma peremptória possuir uma alma submissa diante de uma mulher e continuam na preferência de postergar a concretização de tornar-se um escravo. Não os culpo nem os julgo... apenas sinto o quanto estão deixando de serem felizes.

Negar a essência, esconder de si próprio sua verdade erótica é uma opção de cada um... entretanto, conviver com essa dicotomia dentro de si deve ser a maior das torturas, a que não tem limites, nem tem acordos uma vez que é diuturna e silenciosa, é ser algoz de si próprio sem direito ao dialogo ou ao silogismo.
Olhar-se no espelho a cada manhã e dar por falta de algo... “algo” esse que já se encontra identificado, catalogado e latente, contudo em uma forma sublimada em defesas bem sucedidas. Todo esse potencial erótico posto de lado como uma pseudo segunda opção “que um dia quem sabe poderá ser resolvida”... deve ser um esforço herculineo e um sofrimento atroz.

Não considero o BDSM como sonho erótico nem qualifico a libido como algo distante e dispare do sexo no sentido “lato sensu”, na minha concepção o desejo sexual é uno e totalmente atrelado as nossas fantasias se é que podemos afirmar que tendências objetivas, próprias e inseparáveis do nosso próprio controle, do pensar e desejar em nível do erotismo sejam frutos de meras fantasias... O não fazer, o negar é o limitar-se, o conter-se, o dominar-se, extinguindo uma real entrega a esses devaneios abstracionistas que mesmo com rígidos controles, porém, não profícuos buscam realizações próprias em salutares e bem elaboradas masturbações ou para ajudar a deliciosidade de uma ejaculação trazendo-as de forma voraz para o orbe das idéias.

Em nosso universo erótico produzimos fontes de anseios que levam a um conjunto único, estanques, invioláveis devidamente especifico a cada um de nos. Devo salientar evidenciando que escrevi conjunto jamais modelo.

Excita-me profundamente ter um homem aos meus pés (em todos os sentidos) o literal é o mais o fácil. No entanto o convencimento e aceitação ideológica não é uma questão de postura física e sim da assimilação plena do significado do servir, do entregar-se e do confiar. Confiança esta a base fulcral de toda e qualquer relacionamento que por uma questão de coerência conquista-se de forma paulatina no cotidiano da nossa existência.

Quantos homens estão aos pés de uma mulher ou de um homem, ou diante do mundo? sem ter a concepção adstrita do BDSM quer seja por amor, ou pela falta deste, ou por interesses excusos, ou por falta de honra para levantar-se, se pondo de pé.

A excitação que me entrego, e a que me conduz é a mais complexa das excitações, ela é proveniente da alma em sintonia com o estimulo do espírito que por questões obvias ativa a libido despertando o desejo feroz de ter um HOMEM.

Desejo? Sim... Estou procurando? Sim.

Mas, se não acontecer essa simultaneidade de emoções com a respectiva entrega expressa e exposta de forma cabal e induvidável traduzida nos olhos do meu pretenso escravo faço a opção de reiterar a minha procura... Sei que irei encontrá-lo!

Beijos, “X”eiros e “X”amegos

Rainha Victória Catharina

20 de junho de 2008

Perdição... Loucura...

Recados e Imagens - Tristeza - Orkut

Perdição para os (des)avisados...
Loucura completa é provar de meus lábios...
Desatino constante é me tomar nos braços...
O meu cheiro de fêmea em pleno cio inconfundível e inebriante é ao teu olfato...
Sou enigma a ser decifrado, ou labirinto onde o prazer é evocado?!
Sou a ausência de pudor...
Pura Luxúria encarnada em altar de pedra esperando ser tomada, degustada...
Tenho sede voraz, por isso tomo a vida em grandes goles em meu cálice...
Delírio incessante é o que te provoco quando assim trago de meu cigarro...
O ardor da minha pele nada é comparado ao estado febril que te deixo quando saio...
Nesse momento sou Solidão a te envolver em meus braços...
Sou maltrato em tua carne e mente...
A desordem das idéias a te testar...
O desejo conflituoso que tentas com voracidade vã extinguir de teu pensar...
Presença inconstante, mas marcante em teus dias...
Êxtase profundo em teu sonhar...
Sou a dor transmutada nas pérolas a me ornar...
O puro amor que buscas com tanta sede encontrar...
O tormento insano em querer ter...
O descontentamento ao perceber que sou livre e que a mim não podes possuir.

Ialah Sahyt

19 de junho de 2008

Sua Amiga, Agatha Christie


Posso parecer uma extravagantemente alucinada e encantadora contadora de histórias.Mas garanto que não sou... Se for também, o que é que têm?Loucos, não somos todos?E pra não fugir a regra ou por ser eu mesma uma exceçãolá vou contanto as estrelas que piscamenquanto sorriem com as minhas conclusões "aluadas"...Todos sabem que habito a lua, durmo em cometas me desloco com raios e brinco no ventosendo meu passatempo predileto estourar entre os fogos nos céus.Sim, sou carga perigosa, explosiva a movimentos bruscos.Quero saber: o que leva uma mente tão genial e geniosa, a buscarinformações em falsas ligações de numero restrito?Sendo a mesma mente tão brilhante, em elementar engano,com questão de tempo no deslocamento do ganha pão ao lar,invadir o espaço, para então informar-se?...Por favor meu querido... nem parece coisa sua,mas foi muito elementar, Meu Caro Sherlock Holmesquerendo me encontrar, não precisa de pistas, basta me procurar.


Beijos e saudades,


Sua Amiga,



Agatha Christie

Uma Rainha Triste


"E, no meio de tantas mudanças, muitas rupturas. Algumas coisas foram encaminhadas pro novo destino, outras se perderam irremediavelmente. O que sobrou posso contar nos dedos, antes eu mal conseguia fechar as gavetas_ tão abarrotadas de coisas, pessoas, lembranças. Mas o que houve afinal, além de um processo íntimo, pessoal, intransferível? Uma mudança externa também, porque há sempre um desconforto em quem se acostuma com o nosso comportamento mais antigo. E além de lidar com o luto da morte do que éramos, ainda o estranhamento dos que não aceitam o que nos tornamos. Porque mudam os gostos, a disposição e os planos. E alguns reagem como se você os tivesse abandonado no meio de uma viagem a dois por outro continente, quando só você sabia falar a língua local mesmo que os impedisse de aprender o idioma .

E, no meio de tantas mudanças, algumas desavenças. Só porque aqueles mesmos não entendem, não entendem, não entendem, porque não querem aceitar, que tudo é tão dinâmico e que nem deve ter sido tão brusca essa mudança, mas que a coisa maturou durante um tempo em que só queriam que você se envolvesse numa história DELES, que se misturasse nas emoções DELES, que traduzisse o mais íntimo DELES. E, ao mesmo tempo, você estava amadurecendo uma mudança sua e a coisa toda doía, doía. Mas eles não perceberam. Porque a demanda sobre a vaidade deles era grande demais, importante demais, imprescindível demais pra sua poesia.

E, de repente, a minha poesia não queria falar mais sobre nada disso. Minha poesia queria ser uma carta anônima, um silêncio, uma brincadeira. Minha poesia não queria ser nada além de uma frase jogada do mais íntimo de uma iluminação sobre um determinado assunto.

Porque, no final das contas, o que escrevo nem é poesia... é prosa, é carta, é desabafo, é qualquer coisa. É um bilhete manuscrito pregado no espelho só pra desejar “Bom Dia!” "


Marla de Queiroz

Uma Rainha Triste

Recados e Imagens - Flores - Orkut
"Arrumando minha casa de dentro juntei estilhaços de um tempo em que, cansada de sóis vazios e dessas tempestades de agonia, pra esquecer um amor antigo, arremessei meu coração contra a parede.Eu descobri que algumas pessoas se juntam não por afeto, mas por tristeza encomendada. Que certas coisas que deveriam afastar, às vezes aproximam.Quando arrumei minha casa de dentro tinham muitas declarações de amorde gente que já não me amava mais pelo caminho. E quando eu estava prestes a começar uma vida nova, tropeçava nesse passado e nos referenciais antigos e voltava para lá que era um lugar aparentemente mais seguro. E ergui tantas paredes rabiscadas pelo medo.Descobri, quando abri as janelas, que uma chuva muito forte também tem som de aplausos. Que na pauta dos meus lábios só cabem palavras macias. Que há que se beber do outro também a fonte de idéias para que tudo não se resuma num encontro incandescente de peles porque devemos explorar todas as qualidades do desejo.Eu descobri que tenho um jeito de gostar exagerando os fatos e que a ficção é o que mais participa da minha realidade. Mas que sempre fica um rastro na minha pele se alguém se demora nas carícias. E que não se pode ter a força de uma represa retendo seus próprios líquidos.Quando arrumei minha casa de dentro eu descobri que essa é uma tarefa infinita. E há que se reordenar as coisas incansavelmente pra se ter espaço pruma nova cor. E que uma boa base impede um desmoronamento, mas que a implosão da estrutura inteira, às vezes, é a coisa mais sábia a se fazer em determinados momentos."


Marla de Queiroz

18 de junho de 2008

18 de junho


Feliz aniversário!
É tão pouco para desejar-lhe.
Parabéns!
Também é muito pouco.
O que seria realmente justo?
Dar-lhe o oceano com todas as suas Jubartes que tanto ama.
Os elefantes que sempre sonhou desde a infância para passear por Salvador e "passar várias tardes em Itapuan", leva-la à Lavagem do Bonfim, à Festa de Iemanjá e até sair nos filhos de Gandhi quebrando uma tradição de quase sessenta anos uma vez que vc seria a primeira mulher a desfilar ou até conduzi-la a um simples shopping ou feira ou super mercado, para comer vários acarajés em Cira cheios de pimenta com aqueles camarões gigantes com cerveja estupidamente gelada e vc minha amada rubra e sorrindo um sorriso solto e gostoso único e indescritível dizendo-me: "menino... esse primeiro gole é quase um orgasmo... come logo seu acarajé que esfria e frio não presta..."
Fazer a lua cheia ficar parada, "impávida o colosso" tornando-se assim pano de fundo do seu quintal bem acima do pé de pinha de seus passarinhos. E nesta noite cheia de magia rapta-la com meu cavalo negro estando eu todo vestido de branco e sair galopando pelas areias da "sua" praia, chegando a nosso destino incerto e até então completamente ignorado, cair de joelhos a teus pés e jurar-lhe amor eterno tornando-me oficialmente o cavaleiro/cavalheiro dos seus caminhos com a fiel promessa de ler Castro Alves todas as noites para fazê-la dormir e no menor gaguejar receber deliciosas chicotadas.
Ah! Moleca Lalaya o que posso lhe dizer?
Se você melhorar estraga.
Bem, como sou poderoso promulgo a seguinte Lei:
Rainha Victoria Catharina tbm conhecida como Lalaya e mais intimamente como Tempestade a dona absoluta de todas as baleias Jubartes do planeta Terra e de todos os elefantes do mundo e que terá em seu quintal durante todos os dias de sua vida a lua cheia. O cavalo negro? isso é o mais fácil eu já o tenho é só vc permitir o rapto, pelo amor de Deus seqüestro é crime hediondo e eu Lalaya te conheço e sei o quanto és terrível com uma caneta nas mãos, ou melhor, com um teclado de computador... hahahahahahahahahahahahaha
Como sempre:
Amo-te
Amar-te-ei
Amar-te-ia
Beijos de língua na alma, no coração, na tatuagem e nesse bocão lindo.



Cavaleiro Solitário Capitão da meia noite

17 de junho de 2008

Saudade


Apaixone-se por mim. Não um amor de mesa posta, talheres de prata, toalha de renda, não um amor de terça-feira, água morna, gaveta arrumada. Apaixone-se por mim no meio de uma tarde de chuva, rua alagada, rosas na mão, um amor faminto, urgente, latejante, um amor de carne, sangue e vazantes, um amor inadiável de perder o rumo o prumo e o norte, me ame um amor de morte. Não me dê um amor adestrado que senta, deita, rola e finge de morto, que late, lambe e dorme. Apaixone-se felino, sorrateiramente e assim que eu me distrair, me crave os dentes, as unhas, role comigo e perca-se em mim e seja tão grande a ponto de me deixar perder. Ame minhas curvas, minha vulva, minha carne, me fecunde e se espalhe por meus versos, meus reversos, meus entalhes. Deixe eu me sentir amada, desejada, glorificada em corpo e espírito que eu nunca soube o que é ser de alguém, mas preciso que me ensines, que me fales, que me cales, amém.

Patrícia Antoniete

Uma Rainha Triste


Vem. Imagina-te no centro de todas as viagens.
Traz o perfume de outras eras, dos dias felizes em que fomos
alguma coisa mais. Talvez crianças breves, pássaros
feridos por um amor com sede de infinito.
Lembra-me os invernos, os outonos com sabor a erva
e a folhas gastas pelo tempo. E abre-me as janelas
que me fechaste um dia. E deixa-me entrar como uma brisa
em busca dos teus olhos, soprando nos teus cabelos.

Mas vem. Cobre-te de névoa..
Veste o céu azul
e os prados verdes. E sorri, no silêncio possível do reencontro.
Deixa-te cair...leve, nas asas do vento,
como uma pétala de rosa sem destino,
uma bola mágica de sabão
refletindo sonhos no espaço. E aconchega-te dentro de mim...

Mas vem, anjo de transparências...
fruto exótico das minhas miragens. Vem. Traz a pureza
dos campos, o som das ribeiras correndo pelas encostas,
o murmúrio da noite de encontro às madrugadas...

Vem, apenas.
Como se o mundo acabasse a cada passo que dás em busca do meu sonho.
E depoisnão houvesse mais nada. Só tu e eu, enlaçados em viagem,
sobrevoando todos os horizontes. ..

Mas vem. Vem. Vem sem perguntares pelo amanhã,
pelos abismos que se abrem nas fronteiras dos nossos corpos.
Vem apenas. Com a lucidez dos espelhos e a espuma
inquieta do mar, batendo no calhau da praia.

Vem, docemente, como um papagaio de papel-de-seda
em tardes de vento brando. E fala-me de fadas, de castelos,
de rios mansos, onde alguma vez pudemos navegar.
Mas diz-me coisas sobre as árvores e as casas. Ou leva-me
contigo, como se fossemos apenas aves e voássemos com
o mesmo bater de asas. Vem, ou deixa-me morrer
com a tua lembrança numa manhã cinzenta,
com as gaivotas gritando no cais
e os vagabundos repartindo o seu sono
com os meus pesadelos. Mas vem,
como se partisses para sempre
e me esquecesses
nas tempestades das invernias desta ilha
algures perdida no tempo.
Vem....

José António Gonçalves

Uma Rainha Triste


Essas Tantas Que Me Habitam



Como te dizer dessas tantas que me habitam?
Essa que te escreve esta estrofe é terna
Possui uma serenidade quase incômoda.
Afoga-se em meiguices e sutilezas.
Sabe-se assim, afeita ao sublime
E ao divino das pequenas coisas.
Não nega ou desvia olhares, expõe-se
E cede à lenta embriaguez do sentir.
Cabelos longos, refletindo esperas sob os ombros,
Como a aguardar mãos que lhes desalinhem em carícias.
Na face, todas as estações. No corpo, alquimia de vontades.

Como te dizer dessas tantas que me habitam?
Essa que te sussurra neste momento,
Descalça-se de pudores, enche-se de intenções
Mãos nuas e sempre em oferenda,
Porque é o amor, seu próprio altar
É que há vestígios de madrugadas úmidas,
Comunhão de êxtases a acordarem lembranças.
É que nas noites dessa, ainda há o teu corpo
Murmurando uma ausência não assimilada
O desejo sempre consumido pela saudade
Consumando-se no leito da espera

Como te dizer dessas tantas que me habitam?
Essa que fala por mim agora, não sabe das outras.
Desconhece o alvoroço de uma, a doçura da outra.
Guardam palavras interditas, emoções contidas
Como se no silêncio buscasse a claridade
Que se derrama da epiderme da vida.
Vestida de solidão, alcançar-se é seu destino
Olhos imersos a tecerem caminhos.
É sempre nau, oceano dentro de si
É no além do reflexo, espelho da vazante
Que seus olhares mergulham e navegam.

Como te dizer dessas tantas que me habitam?
Essa que é o pulsar da veia daquelas
Que descobre na falta de quase tudo,
Que é fonte para a própria sede
Não que se baste ou que se desabite
Desfolha-se em pétalas de vivências
E cada morte é em si, um renascer
Porque se percebe adiante do respirar
É também por pisar em folhas secas
Que os passos descobrem a primavera.

Fernanda Guimarães

16 de junho de 2008

Uma Rainha Triste



Me descobrindo

Tempos atrás conheci
Uma menina de olhar absorto
Que parecia viajar dentro de si
Com as asas de algum anjo torto.

Tecia diálogos,
Engendrava circunstâncias;
Cultivava um universo intermediário,
Imerso em logros
Tão reais e essenciais
Quanto o imaginário.

Sorria para o medo
E guardava seus segredos
Frente aos olhos do mundo.
Muda, falava
Com a voz do profundo
E mais sincero sentimento pela vida:
Vivê-la em sua forma mais plena
E fundamentalmente despropositada.

Tempos atrás conheci
Uma garota de olhar solitário
Que andava perdida em seu próprio itinerário.
Pensei tê-la compreendido, mas não a compreendi.

Trocava sonhos tão raros
Por realidades que nada lhe diziam.
Trocava rosas e cravos
Por espinhos que sempre lhe feriam.

Sabia das faces do medo,
Mas ainda não as compreendia.
Muda, aceitava.
E ,com o único
Coração que possuía,
A garota seguia
E nada falava ...

Tempos atrás conheci
Uma moça de olhar indiferente
Que revelava um vazio inerente
À madrugada que guardava dentro de si.

Sem amanhãs,
Aguardava dias menos pálidos,
Olhares menos esquálidos,
Intenções menos vis,
E paixões menos vãs.

Portava o medo
Como quem anda com um amigo.
Gritava um grito vago
E sem abrigo.

Hoje fitei o espelho
Por horas intermináveis,
E não mais me reconheci.
Não eram os cabelos , o rosto,
O sorriso ausente,
(Ou mesmo o passado que , agora,
Somava-se ao presente...)

Eram os olhos lacônicos, graves
Que pareciam me encerrar
Com o manto de lábios silentes
Cozido em qualquer noite de escuridão sem par,
De pranto contido por não saber chorar.

Agora estou aqui :
Não mais menina, garota, moça;
Não mais sonho, realidade, desilusão...
...Talvez uma apática aceitação
De quase tudo e de nada mais.

Neste dia que noite se faz,
Só não consigo lidar com as palavras
Que não me falam,
Com as mãos que não me tocam.

Hoje,
Frente ao espelho em que me descobri perdida,
Quero apenas dois olhos que saibam chorar
E quero ter o direito à paz de espírito - ou qualquer outro crime
Que não se possa julgar.


(autoria desconhecida)

Uma Rainha Triste

"Minha vida, meus mortos,
meus caminhos tortos...

...e o que me importa
é não estar vencido."

Secos e Molhados

14 de junho de 2008

Uma Rainha Triste

O Príncipe das Estrelas



Num tempo remoto, num reino distante, nasceu um homem que,desde pequeno, sonhava possuir algo de muito valor na vida. Na sua infância deitava-se à sombra das árvores, imaginando...O anil dos olhos mirando o azul do céu, passava horas a fio idealizando poder e riqueza. Mais que isso,ambicionava conquistar aquilo que de mais grandioso sabia: a natureza em todo seu esplendor...Sua vida era planejar o futuro. Um futuro brilhante.Perdido em devaneios, carecia de tempo para notar as pessoas à sua volta. Assim foi que passou-lhe despercebida aquela garotinha que, na espreita e silenciosamente, o observava, quiçá o admirando... Fato era ser belo este nosso jovem, e inteligente, e forte, e ambicioso. Primaveras e invernos passaram velozes e ele cresceu. Muito e muito lutou por sua prosperidade e poder...E, de todos é sabido, que transformou-se de fato não só no mais rico, como também no mais poderoso e invejado Príncipe de todos os tempos, de todos os reinos. Suas façanhas alcançaram os sete cantos da terra. Tomou para si coisas nunca dantes conquistadas. Em uma caixinha de ouro aprisionou o mais suave canto dos pássaros. Com cuidado guardou no baú o fino orvalho da madrugada.Num recipiente de madeira acalentou um sutil raio de sol.Arquivou as rebuscadas palavras e os sinceros sentimentos dos poetas. Em uma das luxuosas salas de seu castelo armazenou as mais belas melodias de líricos menestréis. E, o mais assombroso, conseguiu aprisionar o lume das estrelas numa caixeta de cristal.É bem verdade que o soberano passou anos felizes em seu castelo, alimentando-se de sua glória e fulgor... Assim foi até que um dia instalou-se um enorme vazio no peito.Tinha poder e riqueza, honrarias e fama.Quase tudo com o que sonhara.Faltava-lhe algo inefável... Sim, uma presença companheira, alguém com quem pudesse compartilhar o sucesso.Passeando certa vez por seus imensos pomares, deitou-se melancólico à sombra de uma das árvores, para o límpido do céu apreciar. Recordou a época em que era apenas um menino e almejava obter tudo aquilo que agora lhe era real... Subitamente pressentiu alguém espreitando-o, admirando-o, talvez...Olhou para os lados, vasculhou, mas nada viu.Era somente a vaga lembrança de uma menina travessa que se fazia presente.Teve o ímpeto de gritar o seu nome – qual mesmo seria ele? – e com ela conversar. Dizer de suas lutas e temores, mágoas e realizações... Entretanto de nada adiantaria gritar.Sua tênue memória conseguia trazer de volta apenas a expressão dos olhos cor de mel daquela criatura longínqua. Foi aí que percebeu, com tristeza, que nem mesmo o tremeluzir das estrelas em sua caixeta de cristal era tão enigmático, atraente e belo.Com amargura descobriu que seria o brilho daquele olhar o seu maior e mais valioso tesouro...O único que, em tempo algum, preocupou-se em conquistar. Aquele que jamais haveria de ter.Ainda hoje, contam a história do Príncipe das Estrelas, como era conhecido este nosso personagem.A sabedoria popular acrescenta que, ao fazermos planos para o futuro, devemos cuidar para que neles não falte o lume dos olhos de alguém ao nosso lado.A trágica consequência deste esquecimento seria, sem dúvida, o maior de todos os sofrimentos : a solidão.

Sheila Alves

Uma Rainha Triste



Era uma vez um homem.
Centrado em suas verdades,
falava através do silêncio.
Mas na transparência
e na quietude de suas palavras,
feito canção que se compõe
entre os olhares dos apaixonados,
surgiam versos como surge o perfume das flores.
Ainda que existisse,
tantas vezes se perguntava se ele era real.
Amava por inteiro;
queria ser amado sem exigir sentimentos.
Para ele, o amor só valia quando causava alegria.
Era de um tanto dedicado que perturbava aqueles
que não sabem receber o amor.
Porque não é simples recebê-lo.
Mas talvez perturbasse
mais por não deixar-se desvendar...
Era homem, feito anjo;
sem asas, era anjo, feito homem.
Sabia voar, a sua maneira,
através das coisas que sentia...
Mas, além disso, sabia fazer voar,
através dos sentimentos que oferecia.
Talvez não fosse um homem,
talvez nem fosse um anjo...
Certamente isso é uma fábula
para quem não acredita em anjos
ou em arco-íris ou mesmo em amor...

Rosana Braga



Uma Rainha Triste


"Costuro o infinito sobre o peito.
E, no entanto, sou água fugidia e amarga.
E sou crível e antiga como aquilo que vês:
Pedras, frontões no todo inamovível.
Terrena, me adivinho montanha algumas vezes.
Recente, inumana, inexprimível
Costuro o infinito sobre o peito
Como aqueles que amam..."

Hilda Hilst

Uma Rainha Triste




Bati no portão do tempo perdido,
ninguém atendeu.
Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
Resposta nenhuma.
A casa do tempo perdido está coberta de hera
pela metade: a outra metade são cinzas.
Casa onde não mora ninguém,
e eu batendo e chamando
pela dor de chamar e não ser escutado.
Simplesmente bater.
O eco devolve minha ânsia de
entreabrir esses paços gelados.
A noite e o dia se confundem no esperar,
no bater e bater.

O tempo perdido certamente não existe.

Carlos Drummond de Andrade

Uma Rainha Triste

''TENHO UMA ALMA QUE VOA,
QUE SE RECUSA A SER PRISIONEIRA
A VIVER PERDIDA DE QUALQUER MANEIRA
QUE NUNCA PERDEU A CAPACIDADE DE SONHAR
UMA ALMA QUE EMBORA ENRAIZADA,
NUNCA PAROU DE VIAJAR
QUE PERSEGUE SONHOS ANTIGOS...
AVENTUREIRA E AUDAZ...
QUE ENFRENTA TODOS OS PERIGOS...
QUE APRENDEU A SEGUIR
EM FRENTE E NAO A FICAR.
TENHO UMA ALMA QUE A FORÇA QUER SER FELIZ...
APESAR DOS TOMBOS QUE JA LEVOU DA VIDA.
AVANÇA EM FRENTE PRA SEMPRE ERGUIDA
ESCULTA A RAZÃO...
MAIS SEGUE SEMPRE O CORAÇAO

VOA ALMA... VOA ...”

Stella

Uma Rainha Triste

O Haver



Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.


Vinicius de Moraes

Sagrado Coração da Terra



São como veias,serpentes os rios que trançam o coração do
Brasil
Levando a água da vida,do fundo da terra,ao coração do Brasil
Gente que entende e fala a língua das plantas dos bichos
Gente que sabe o caminho das águas, das terras do céu
Velho mistério guardado no seio das matas sem fim
Tesouro perdido de nós ,distante do bem e do mal
Filhos do Pantanal!

Lendas de raças,cidades perdidas na selva ,no coração do Brasil
Contam os índios de deuses que descem do espaço,no coração do
Brasil
Redescobrindo as Américas quinhentos anos depois
Lutar com unhas e dentes pra termos direito a um depois
Vem do milênio o resgate da vida do sonho e do bem
A terra é tão verde ,azul
Os filhos dos filhos dos filhos dos nossos filhos ,verão!

Marcus Viana

13 de junho de 2008

Uma Rainha Triste


"Tem uma hora que bate uma tristeza tão grande que eu não sei o que fazer e nem pra onde ir e tanta coisa que eu queria dizer, mas não tem ninguém pra ouvir...

Então choro
Sem ninguém ver
Eu choro, choro..."

Fábio Junior

12 de junho de 2008

Minha eterna RAINHA VICTORIA CATHARINA



Mande para um Amigo


Minha eterna RAINHA VICTORIA CATHARINA:

Uma moleca chamada Lalaya o amor de minha vida:
"Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura"
(Martha Medeiros)

Amo-te
Amar-te-ei
Amar-te-ia
BjsBjsBjsBjsBjsBjsBjs

11 de junho de 2008

À minha eterna Rainha


À minha eterna Rainha

NÓS

Fico - deixas-me velho. Moça e bela,
partes. Estes gerânios encarnados,
que na janela vivem debruçados,
vão morrer debruçados na janela.

E o piano, o teu canário tagarela,
a lâmpada, o divã, os cortinados:
- “Que é feito dela?” - indagarão - coitados!

E os amigos dirão: - “Que é feito dela?”
Parte! E se, olhando atrás, da extrema curva
da estrada, vires, esbatida e turva,
tremer a alvura dos cabelos meus;
irás pensando, pelo teu caminho,
que essa pobre cabeça de velhinho
é um lenço branco que te diz adeus!

Guilherme de Almeida

10 de junho de 2008

Depilação - Versão masculina

Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas “partes”.
Após alguns minutos ela veio com a seguinte idéia: Por que não depilamos seus ovinhos, assim eu poderia fazer “outras coisas” com eles.Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos fiquei imaginando o que seriam “outras coisas”.
Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu não tive mais como negar. Concordei.
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente estava vagando pelas novas sensações que só acordei quando escutei o beep do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de “dona da situação” que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se como residente.
Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo.
Pediu para que eu ficasse numa posição de quase-frango- assado e liberasse o acesso a zona do agrião. Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e começou a passar cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa!! O Sr. Pinto já estava todo “pimpão” como quem diz: “sou o próximo da fila”!!
Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as “outras coisas” que viriam.Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viajem. Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo. Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUTAQUEOPARIU quase falado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado na cera. Ela disse que ainda restaram alguns pelinhos, e que precisava passar de novo. Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos. Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molho o saco antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água escorrer pelo meu corpo.Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho novo: faz merda atrás de merda. Peguei meu gel pós barba com camomila “que acalma a pele”, enchi as mãos e passei nos ovos. Foi como se tivesse passado molho de pimenta. Sentei na privada, peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10° round. Olhei para meu pinto. Ele era tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia que eu tinha saído de uma piscina 5 graus abaixo de zero.Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e perguntou o que estava acontecendo. Aquela voz antes aveludada ficou igual um carrasco mandando eu entregar o presidente da revolução.Saí do banheiro e voltei para o quarto.
Ela estava argumentado que os pelos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer. “Pela espessura da pele do meu saco, meus netos irão nascer sem pelos nos ovos”, respondi.Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar com meio metro de distância e sem tocar em nada!!Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta).
Naquele momento sexo para mim seria somente para perpetuar a espécie humana.No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar. Os ovos estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados.
Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo e nada. Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo.Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado. Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.Resultado, certas coisas devem ser feitas somente pelas mulheres. Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.

Sugestão da minha querida amiga Amar Yasmine

Dona desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Oh! Dona desses animais
Dona dos seus ideais
Pelas ruas onde andas
Onde mandas todos nós
Somos sempre mansageiros
Esperando tua voz
Teus desejos, uma ordem
Nada é nunca, nunca é não
Porque tens essa certeza
Dentro do teu coração
Tan, tan, tan, batem na porta
Não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência
Do teu pulso de mulher
Um olhar me atira à cama
Um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo
Porque sei que és minha
Dona!!!Dona desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Não há pedra em teu caminho
Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar
Entre a cobra e o passarinho
Entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho
Nos carregam pela mão
É a moça da Cantiga
A mulher da Criação
Umas vezes nossa amiga
Outras nossa perdição
O poder que nos levanta
A força, que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe
Que isso tudo te faz
Dona! Dona!Dona! Dona! Dona!


Sá & Guarabyra

Precisa-se de um Deus

é urgente
arranjem-me um deus
não um deus qualquer
que eu sou exigente
um deus nascido de fêmea-mulher
e que não tenha igreja
nem more num altar
um deus que fique onde eu o veja
um deus com quem possa falar
não precisa refulgir de luz
não é pra pendurar
nem pregar na cruz
que importa se a mãe for prostituta
e o pai falsário
eu quero um deus que vá à luta
que sofra
que transpire por um salário
que comigo beba um copo ao sol poente
que me ajude a nadar contra a corrente
e quando eu estiver próximo do fim
nessa névoa doce junto ao mar
que tenha sido o deus em que eu soube acreditar
sabendo que ele
sempre
acreditou em mim
arranjem-me um deus!


J. M. Restivo Braz


GUERREIRAS

“ÀS MULHERES GUERREIRAS"


”Sei da fonte de onde brota a guerreira,
sei da coragem que transpira mulher,
sei que nos campos de batalha
és sempre a primeira a guiar teu povo,
a perceber ciladas, a derrubar barreiras,
para que possamos seguir sempre em frente.

Sei do mel que escorre dos teus olhos,
e da generosidade amiga do teu colo,
sei que és palavra abrigo às tormentas,
e que no furor das batalhas,
não trazes nas mãos, sangue inocente.
Conheço tua têmpera, sei também que trazes
a força e a justeza dos puros de coração.
Sei dos teus sonhos e do quanto eles podem curar.

E ainda que haja a espera, a distância e a perda,
sei que a danada da saudade
não será capaz de te matar,
pois tens a benção dos ungidos,
dos que conhecem os segredos das águas,
do fogo, da pedra e do ar.

Sei que trazes nas mãos as sementes
da Paz que ainda há de chegar.”

NALDOVELHO

8 de junho de 2008

Abelha Rainha...

Ó abelha rainha faz de mim
Um instrumento de teu prazer
Sim, e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo de teu mel
Cavo a direita claridade do céu
E agarro o sol com a mão
É meio-dia, é meia-noite, é toda hora
Lambe olhos, torce cabelos, feiticeira vamo-nos embora
É meio-dia, é meia-noite, faz zumzum na testa
Na janela, na fresta da telha
Pela escada, pela porta, pela estrada toda a fora
Anima de vida o seio da floresta
O amor empresta a praia deserta zumbe na orelha, concha do mar
Ó abelha, boca de mel, carmin, carnuda, vermelha
Ó abelha rainha faz de mim um instrumento do seu prazer.


Caetano Veloso/Waly Salomão






Deliciosamente excitante

"Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei."

Martha Medeiros

Deliciosamente excitante

Se queremos verdadeiramente ser, temos que agir. E baseamos nossas ações em nossos valores — verdades puramente subjetivas e individuais, matérias de fé, improváveis, mas sumamente reais.
Nem a natureza nem a sociedade pode nos oferecer certeza sobre o bom e o mau, o certo ou o errado. O valor de nossas ações e seu mais profundo significado são sempre incertos. Ser humano é agir face a tal incerteza. Os homens e as mulheres, segundo o existencialismo, agem sem autenticidade quando se comportam meramente como joguetes da sociedade, ou simplesmente aceitam os ditames da igreja ou de qualquer outra instituição. Fazer isso é fugir à responsabilidade

Jean-Paul Sartre

Delciosamente excitante

"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."

Martha Medeiros




Deliciosamente excitante

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

Pablo Neruda



O meu olhar

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"

7 de junho de 2008

...momentos


Há momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.


Fonte: Clarice Lispector

5 de junho de 2008

Uma típica GEMINIANA


"Era manhã quando Deus parou diante de suas 12 crianças e em cada uma delas plantou a semente da vida Humana. Uma por uma, elas se dirigiram a Ele para receber seu dom e conhecer a sua missão".

Gêmeos - 21 de Maio a 20 de Junho:
"A ti, Gêmeos, atribuo a tarefa de comunicar ao mundo Minha Idéia. Por isso te dou perguntas sem respostas. Em tua busca pelo conhecimento, inquietarás os que estão ao teu redor, para que compreendam o que vêem e o que ouvem. Tu serás um, mas pensarás e falarás por dois. E para que faças um bom trabalho, dou-te a provação da superficialidade para dominares e, como bênção, concedo-te o dom da inteligência".



Mensagem Para a Mulher de Gêmeos


Mesmo que pensem conhecer esta mulher a fundo, as opiniões dos amigos e parentes nunca serão parecidas.A geminiana equivale a várias mulheres, todas diferentes, que variam conforme seu estado de espírito.

Quem conhece uma mulher de gêmeos sabe que é muito difícil ver a mesma pessoa por muito tempo. Suas fotos nunca parecem ser da mesma pessoa e suas mudanças de comportamento deixam qualquer um sem saber se acabam de conhecer uma nova mulher ou se ainda está falando com uma velha amiga! Sim, o signo de Gêmeos é o signo da mutação, de todos aqueles que gostam de mudar, experimentar e ultrapassar horizontes. Se existe algo que pode matar esta mulher é a monotonia. Como um camaleão ela vai assumindo várias formas, encantando e intrigando os homens. Ao contrário do que possa parecer, seu jeito misterioso consegue agradar a muitos homens que acabam ficando apaixonados.

A mulher de gêmeos não muda de personalidade. Ela apenas mostra todas as mulheres que vivem dentro dela.

Às vezes ela pode ser tão volúvel e imprevisível, que se deixará encantar pelo sorriso ou pelo olhar de uma nova paixão para, logo depois, começar a criticá-lo com a mesma intensidade. Então, o homem que antes era maravilhoso, vai se tornar tão cheio de defeitos que ela se perguntará como foi capaz de se apaixonar por alguém assim?

Esta capacidade que ela tem para se apaixonar e se desiludir logo em seguida pode partir muitos corações até que tenha certeza de que realmente acabou de conhecer o homem de sua vida. Bem, para falar a verdade, é ele que vai ter que convencê-la de que é o homem de sua vida! Se deixar para ela a tarefa de analisá-lo, pode ter uma tremenda decepção! E a melhor maneira de conquistá-la é sendo sempre a mesma pessoa. Ela aprecia mudanças em sua vida na sua personalidade e adora experimentar novas sensações. Mas quer um homem bem previsível ao seu lado. Previsível, mas nunca passivo!

Seu temperamento faz com que aceite as mudanças com mais facilidade que as outras mulheres, desde que não esteja relacionado com o comportamento de seu parceiro.

Para ela é difícil entregar-se a uma pessoa sem enfrentar suas dúvidas.

Sabem aqueles desenhos onde alguém é atormentado por um anjinho e um diabinho que ficam dando opiniões sobre o que é melhor fazer? Pois é mais ou menos assim que funciona a mente desta mulher. Sua dualidade empre estará analisando os prós e contras de todos os relacionamentos. Aquele homem carinhoso e romântico será capaz de ganhar o suficiente para sustentar a casa? E aquele homem que ganha dinheiro como ninguém, não será um tanto frio para confortar seu coração quando estiver carente?

Tirando o amor e o romance que costumam atormentá-la com a idéia de perder sua liberdade, nas outras coisas ela é bem direta e não costuma fazer rodeios!

Mas não se preocupe, ela vai acabar fazendo sempre a melhor escolha do momento. Se algum dia ela descobrir que a melhor escolha que fez acabou se tornando um pesadelo, não pensará duas vezes em largar tudo para recomeçar do zero! A mulher de gêmeos não se prende muito aos seus erros se descobrir que fez uma escolha errada! Ela vai aprender com a experiência e dificilmente vai repetir os mesmos erros!

Normalmente ela é uma companheira animada, agradável e alegre.

Tirando suas fases azedas que fazem com que fique insuportável com seu cinismo e língua afiada, seu outro lado romântico e aventureiro faz com que tenhamos a sensação de que estamos diante de uma grande amiga ao invés de uma namorada. Ela acompanhará o namorado em tudo que fizer, desde uma escalada em uma montanha até uma aventura na África! Para ela não existe esta coisa de separar as atividades entre feminina e masculina, quando esta apaixonada. Para onde ele for, ela estará ao seu lado!

A geminiana pode estar apaixonada, mas dificilmente deixará de achar outros homens atraentes.

Também costuma ser muito criativa quando o assunto é amor. Curiosa e com uma imaginação fértil, ela é ótima para apimentar relacionamentos. Sua imaginação se revelará quando sua curiosidade for excitada por uma nova descoberta. Para ela não basta ouvir palavras carinhosas e juras de amor. O verdadeiro amante deve agradar seus ouvidos com palavras dóceis, mas não pode se esquecer de surpreendê-la na hora do sexo! Lembrem-se que ela detesta monotonia.

A geminiana costuma associar sexo com amor como ninguém. Sua mente não consegue entender como alguém pode amá-la sem fazer com que suba pelas paredes!

Ela jamais tomará um ônibus se pode ir de avião. Jamais ficará calada se puder falar. E jamais andará quando puder correr. Por isso nunca vai se contentar com o mínimo em um relacionamento quando pode ter muito mais.

Apesar de muitas vezes parecer fria e distante, ela deseja ser amada e mimada. Mostre que sempre estará ao seu lado, apesar de suas crises de mau-humor, e terá uma mulher que se entregará por inteira. Aliás, o melhor remédio contra o mau-humor da geminiana é sempre demonstrar amor! Não há chatice que dure muito tempo!

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

Musica em minha vida para tocar a tua!

"A vida:... uma aventura obscena de tão lúcida..." Hilda Hist

"És um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo..." Caetano Veloso

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo
RAINHA VICTORIA CATHARINA

"De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua." Yeda P. Bernis

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos" Fernando Veríssimo

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."