EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

7 de abril de 2008

Muita saudade !!!


Coloco a mascara, escondo o rosto, recolho as asas, encubro o dorso. Deixo as palavras morrerem no peito, o jardim deixa de florescer à falta de raios de sol, de chuva que o avive. Esta Noite não faz mais sentido, não tem qualquer cabimento quando as letras se repetem em frases ocas, em textos perdidos em desvarios da mente que à falta de ter aquilo que não encontra se limita a brincar com os sentidos, com a alma, como se fosse bola em mãos de criança.

Recolho-me, enrolo o corpo sobre si próprio, como se fosse um envelope que se fechasse por dentro, selo a alma, apago a luz e as letras deixam agora de brilhar, palavras mortas, metáforas gastas num prenúncio de fim. Não estás, não estou, aqui, já, para te abraçar, para me abraçar. Por mais braços que invente, não encontro nas palavras os sentires que me permitam tocar, tocar-te, não estás aí!

O sol ardente, queima a pele, curte-a, abrasa-a, secando cada pétala, cada folha, num único e último suspiro, num pequeno sopro, que, anuncia o final da vida, o fim da Noite, o início do dia!

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"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

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"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

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