EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

14 de maio de 2008

Aos PODOLATRAS

Desde os meus primeiros registros de memória, perto dos 2 ou 3 anos de idade, a figura do pé feminino sempre se fez presente nos meus pensamentos!

Lembro-me de ficar sob a mesa de jantar, ou escondido sob o sofá, brincando com os pezinhos das minhas primas e tias. Obviamente que, naquela época, tesão era algo desconhecido e ainda não vivido conscientemente. Mas a atração já era forte demais!

Vivia tentando chegar perto, arranjando pretextos bem infantis, fingindo não estar reparando nos pezinhos delas. Isso perdurou por muito tempo, até os 9 ou 10 anos de idade, quando sorrateiramente, passei a mudar de atitude. Eu já não chegava mais perto e nem tocava, pois sentia vergonha, mas a mente já era dissimulada (rsrsr): eu passei a “roubar emprestado” as meias e os sapatos que elas usavam.

Eu ficava de olho quando alguma das minhas primas ou tias chegavam em casa. Reparava bem nos sapatos e nas meias. Seguia cada uma delas pra ver onde deixariam os sapatos usados e, assim que elas se retiravam de perto, eu não excitava: dava logo um jeito de tomar posse, esconder e passar horas agarrado, abraçado ao objeto que teve contato com o pezinho… Cheirava sem parar, como forma de provar que o pé estivera ali dentro. Era a ponte que me ligava ao meu objeto de fetiche.

Chegou à adolescência e, com ela, os hormônios. Sob o comando da testosterona abundante, vivia a procura de revistas masculinas (tão clandestinas naquele tempo) e tentava aliviar todo impulso através da masturbação. Mas valia a pena de verdade se, nas fotos publicadas, aparecessem os pezinhos das modelos. Caso contrário, não havia tesão pelo restante do corpo. Passei a ter medo de ser anormal, ter algum desvio de conduta ou, até mesmo, não gostar de mulher. Ledo engano… rsrsr.

Eu não conseguia mais suportar me sentar ao lado das garotas na sala de aula se elas estivessem calçadas com sandalinhas e seus pés a mostra. Não havia concentração suficiente para assistir a uma aula com um pezinho do meu lado, balançando, segurando o chinelo pelos dedinhos. Meus Deus!!! As quantas torturas fui submetido, sem que minhas algozes soubessem o que estavam fazendo.
Até este momento da minha vida, o assunto era somente meu. Não comentava isso com ninguém. Não sentia confiança em nenhum dos meus amigos para poder me abrir sobre isso. Não conseguia identificar entre eles sequer um que pensasse e sentisse da mesma forma.

Veio então a primeira namorada, com a qual terminei me casando após 4 anos de paixão absurdamente louca. E ela tinha pés lindos! Entretanto, nunca tive a liberdade de curtir meu fetiche com minha esposa, que possuía verdadeiro nojo de me ver tocando, beijando ou cheirando os pés dela. Este capítulo, chamado casamento, não vale a pena ser explorado. Foram quatro anos de uma relação fria, cheia de intrigas e discordância. Acabou pela falta de respeito e pela incompreensão de ambas as partes.
Mas como tudo tem dois lados eu estava, finalmente, livre pra conhecer a fundo este mundo. E foi assim, aos vinte e seis anos, que me joguei de cabeça e fui procurar pesquisar e viver tudo que o fetiche da podolatria pudesse me proporcionar.

Como todo homem da minha idade, solteiro, trabalhando apenas para meu sustento próprio, saudável, tarado (rsrs), procurei contato com “profissionais do ramo”, ou seja, garotas de programa. Foi ai que pude começar a me desfazer dos medos e traumas de ser o único homem do mundo a gostar disso. Essas garotas sempre me relatavam centenas de experiências com homens que as procuravam para poder adorar seus pés, beijar, cheirar, lamber, chupar. Homens que nem sempre queria sexo, apenas curtir o fetiche. E elas adoravam!!!
Tomei conhecimento de vários artistas, ou pessoas famosas, que tinham verdadeira adoração e devoção pelos pés das mulheres. E, a cada dia, me sentia mais seguro e a vontade. Passei também a ler tudo que a literatura (erótica ou cientifica) explorava sobre o assunto.


Estava eu então pronto para assumir isso diante do mundo: sou PODÓLATRA sim!
Esta decisão veio junto com a chegada da NET no Brasil. As portas do mundo virtual se abriram e comecei a ter contato com milhares de pessoas nas salas de bate-papo. Pessoas que gostavam do assunto, com ou sem experiência real. E o melhor de tudo: mulheres que simplesmente amavam ter seus pés adorados.

Era 1998.

Mergulhei com toda minha disponibilidade de tempo e dinheiro na missão de me conhecer internamente, saber dos meus limites, desejos, tesão e me dediquei também a conhecer mulheres que diziam curtir isso.
Era fantástico e cada vez melhor a cada contato. Era mágico. Não se repetia. A cada rosto (ou seria pezinho… rsrs) conhecido, eu me sentia mais a vontade e também mais atraído. Felizmente, cheguei à conclusão que isso não me fazia deixar de gostar da mulher. Ao contrário, eu me sentia cada vez mais atraído e ansioso para estar ao lado do sexo frágil (frágil até aquela época – explicarei o pq disso).
Certa vez, já em 2000, uma garota com quem mantinha contato através da internet, me disse que adoraria me ver aos pés dela, desde que ela me dominasse. Eu não fazia a menor idéia do que poderia ser isso, mas, só de poder estar aos seus pés, eu me interessei e aceitei suas condições.

Nos encontramos e ela, muito direta e objetiva, me disse que deveríamos ir a um motel sem maior
perda de tempo. Claro que me empolguei e já imaginei dezenas de situações com aquela deusa (realmente linda, 19 anos, dançarina, etc.). Chegando ao local, ela pega sua bolsa, entra no quarto, me ordenou que ficasse de joelhos e começou a explicar o que iria fazer. Inicialmente, algemou minhas mãos para trás, vendou meus olhos e atou também meus tornozelos. Só ai me dei conta que as cordas e as algemas utilizadas eram verdadeiras e eu não podia me soltar.

Durante duas horas, sofri todo tipo de castigos e humilhações possíveis: tapas na cara, surra com chinelos, chicotes, chutes, empurrões, humilhações verbais, cuspidas, dentre outras. Ela sempre repetia que homem devia ser tratado assim pra saber seu verdadeiro lugar no mundo: sob o poder de uma mulher.

Odiei!

Senti nojo e raiva. Se pudesse me soltar, teria agredido aquela louca que me tratava feito um escravo nos tempos antigos.

Ao final, ela mudou completamente o tom da voz, me tratou com carinho, pediu que eu a deixasse em casa e me liberou.
Seguiram-se cinco dias, nos quais tentei me libertar daquelas imagens, da dor no corpo, do nojo que sentia de mim mesmo, da ira que sentia daquela garota.
Entretanto, como num passe de mágica, tudo aquilo se transformou em curiosidade e desejo de estar sob as ordens e castigos dela. Nascia ai mais um fetiche: submissão.
O que mais me chama a atenção nisso tudo é o prazer que eu via nos olhos dela. E consegui enxergar este mesmo prazer, este tesão, nos olhos de outras mulheres a quem me entreguei como escravo, submisso às vontades e caprichos delas.

Nunca senti prazer em sofrer dor física. Mas não há dinheiro no mundo que pague pelo brilho nos olhos de uma Dominadora enquanto ela faz o que quiser de mim. É algo que não se pode mensurar, explicar ou entender: pode-se viver apenas!

Atualmente, o que mais me atrai numa mulher ainda são seus pés. Mas de nada adianta um belo par de pezinhos se, acima deles, não houver uma mulher com atitude, com postura, que goste de mandar, de dominar, que sabe que a mulher se encontra numa posição superior ao homem. O que mais me da prazer hoje é conhecer uma mulher que sempre pensou assim, que sempre desejou ter escravos, que sempre se viu como superiora e teve que se conter durante toda a vida para poder não causar espanto nos demais. Não existe nada mais autêntico, mais genuíno, que encontrar uma mulher assim e a deixar livre para agir como quiser.

Repito: não curto a dor física, mas ficar de joelhos diante de uma Deusa enquanto ela bate em minha cara e me humilha com palavras baixas é algo que me leva aos céus de tanto prazer.
Eu desisti de entender tudo isso faz tempo. Desisti ainda mais de tentar explicar. Isso não me cabe mais. Cabe sim, hoje, curtir isso com aquelas que amam me tratarem assim (como aos demais escravos que elas encontram pelo caminho).
Isso não me faz mais ou menos homem; não me sinto mais ou menos macho; não me importa o que pensam sobre meu comportamento moral ou sexual. Apenas gosto de mim a ponto de me deixar viver o que tenho vontade, o que me dá prazer e me faz sentir realizado.

E o meu ideal de realização é servir, obedecer, ser usado, tratado como um capacho poder adorar os pés de uma Deusa, deslizar minha língua entre suas solas e seus dedinhos; poder massagear sempre que ela mandar; prestar serviço como motorista, cozinheiro ou faxineiro. Isso me faz bem! Me faz sentir tesão. E isso fica perfeito ao lado de uma mulher madura, ciente dos seus desejos, desprendida de dogmas, conceitos ou tabus. Isso somente funciona bem ao lado (ou seria sob) uma mulher que sabe que nasceu pra mandar e que tem os homens como seus servos.

Ass. podolatra bh

Um comentário:

Amar Yasmine disse...

Maravilhosa Senhora!
*sorrindo*

Belo texto, gostei muito.

Queria muito que fosses lá no meu blog para compartilhar comigo das alegrias dos 4 meses da minha coleira. Ficarei imensamente feliz com a tua presença.

Doces besos, Poderosa Afrodite!
(gostou? ;-))

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

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Musica em minha vida para tocar a tua!

"A vida:... uma aventura obscena de tão lúcida..." Hilda Hist

"És um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo..." Caetano Veloso

"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

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RAINHA VICTORIA CATHARINA

"De seguir o viajante pousou no telhado, exausta, a lua." Yeda P. Bernis

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida coerência dos lúcidos" Fernando Veríssimo

"O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós."