EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

23 de junho de 2008

Queridos amigos

Continua minha árdua procura em busca de um escravo, infelizmente os pretendentes que se habilitaram a servir-me não possuem a devida coragem da entrega e vivem claudicando entre a verdade interior que lhe é intrínseca associado ao medo feroz de se declararem assumindo de forma peremptória possuir uma alma submissa diante de uma mulher e continuam na preferência de postergar a concretização de tornar-se um escravo. Não os culpo nem os julgo... apenas sinto o quanto estão deixando de serem felizes.

Negar a essência, esconder de si próprio sua verdade erótica é uma opção de cada um... entretanto, conviver com essa dicotomia dentro de si deve ser a maior das torturas, a que não tem limites, nem tem acordos uma vez que é diuturna e silenciosa, é ser algoz de si próprio sem direito ao dialogo ou ao silogismo.
Olhar-se no espelho a cada manhã e dar por falta de algo... “algo” esse que já se encontra identificado, catalogado e latente, contudo em uma forma sublimada em defesas bem sucedidas. Todo esse potencial erótico posto de lado como uma pseudo segunda opção “que um dia quem sabe poderá ser resolvida”... deve ser um esforço herculineo e um sofrimento atroz.

Não considero o BDSM como sonho erótico nem qualifico a libido como algo distante e dispare do sexo no sentido “lato sensu”, na minha concepção o desejo sexual é uno e totalmente atrelado as nossas fantasias se é que podemos afirmar que tendências objetivas, próprias e inseparáveis do nosso próprio controle, do pensar e desejar em nível do erotismo sejam frutos de meras fantasias... O não fazer, o negar é o limitar-se, o conter-se, o dominar-se, extinguindo uma real entrega a esses devaneios abstracionistas que mesmo com rígidos controles, porém, não profícuos buscam realizações próprias em salutares e bem elaboradas masturbações ou para ajudar a deliciosidade de uma ejaculação trazendo-as de forma voraz para o orbe das idéias.

Em nosso universo erótico produzimos fontes de anseios que levam a um conjunto único, estanques, invioláveis devidamente especifico a cada um de nos. Devo salientar evidenciando que escrevi conjunto jamais modelo.

Excita-me profundamente ter um homem aos meus pés (em todos os sentidos) o literal é o mais o fácil. No entanto o convencimento e aceitação ideológica não é uma questão de postura física e sim da assimilação plena do significado do servir, do entregar-se e do confiar. Confiança esta a base fulcral de toda e qualquer relacionamento que por uma questão de coerência conquista-se de forma paulatina no cotidiano da nossa existência.

Quantos homens estão aos pés de uma mulher ou de um homem, ou diante do mundo? sem ter a concepção adstrita do BDSM quer seja por amor, ou pela falta deste, ou por interesses excusos, ou por falta de honra para levantar-se, se pondo de pé.

A excitação que me entrego, e a que me conduz é a mais complexa das excitações, ela é proveniente da alma em sintonia com o estimulo do espírito que por questões obvias ativa a libido despertando o desejo feroz de ter um HOMEM.

Desejo? Sim... Estou procurando? Sim.

Mas, se não acontecer essa simultaneidade de emoções com a respectiva entrega expressa e exposta de forma cabal e induvidável traduzida nos olhos do meu pretenso escravo faço a opção de reiterar a minha procura... Sei que irei encontrá-lo!

Beijos, “X”eiros e “X”amegos

Rainha Victória Catharina

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"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

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"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

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