Que fazer do fogo que arde em mim?
Senão ser fogueira, lume e brasa,
E arder até ser cinza, pó e vento,
Se assim é o pensamento
Se assim sou eu e palavra.
Que fazer da liberdade que urge em mim?
Senão ser apátrida, sem casa,
E partir sem saber destinos,
E errar sem saber caminhos,
Se assim é o pensamento
Se assim sou eu e palavra?
Que fazer da vontade de tudo ser?
Senão tudo ser, sendo quase nada.
E dividir-me a todo o momento,
E una ser no pensamento.
Pois uma sou
Eu e palavra.
Encandescente
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