Há um cais que é despedida ou um cais que é reencontro.
Mas eu não o encontro.
Já percorri todas as cidades perguntando pelo meu cais,
Os de barcos atracados que chegam com as marés,
Ou os de comboios, quase sempre atrasados,
Que andam em linhas que param aos meus pés.
Mas não desceste de nenhum comboio
E não saíste de nenhum navio.
Talvez o lugar para onde foste seja um lugar só de ida,
E não um lugar de volta ao cais de onde se partiu.
E não haverá chegada
Só procura e partida,
A tua, que há tanto tempo te foste
A minha, que de ti ando perdida.
Encandescente
Nenhum comentário:
Postar um comentário