Eis-me aqui, eu, a Solidão...
Passeando por entre as horas de sono e de vigília... Bebendo sonhos em taças vermelhas... cálices negros... Meus belos olhos tudo contemplam e em tudo estão... Sou Serpente-que-dança... mas por hora falta-me o bastão... Meus lábios sempre vermelhos mostram meu sibilar... Onde estão minhas vestes? Atiradas ao chão... E do meu cigarro, fumo solitária na varanda, contemplando o sono dos que podem dormir... Sou a Solidão, estou repleta... Plena em mim mesma espero a outra parte que me completa... Braços fortes que me tomem... lábios firmes que me beijem... suaves sentimentos que me toquem...Quem conseguirá sentir? Quem não conseguirá sentir?Quando está em teu sono, como não me chamar? Sou aquela que não precisa vagar, pois estou em todos, mas nem todos me merecem... A Solidão por muitos cortejada... Meus beijos são doces e ardentes e meus cabelos macios... Suave o desejo que provoco e marcante o gosto de meu corpo...
Eis-me aqui a Solidão...
Bebamos juntos em meu cálice!
By Solidão
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