O início e fim de cada um desses planetas sustentados por minha existência.
Plenitude é ser uma estrela incandescente brilhando rodeada por todos esses mundos, luas e corpos.
Alimentando-os com luz e calor.
Bilhões de criaturas e plantas são sustentadas pela minha simples existência.
Esses seres precisam de mim, adaptam-se a mim, nutrem-se e são guiados por mim.
Por um momento tente imaginar essa sensação.
Plena.O silêncio inicial dessa matéria negra onde flutuo.
Depois o som explosivo da combustão de meu corpo.
Devorando-se como um leão de fogo.
A luz, o fugor.
E os movimentos dos demais astros, dispostos nesse redemoinho celeste.
Empurrando-me e sendo atraídos ao meu corpo.
Eu sou plena.
Eu sou tudo.
Eu sou Deus.
Eu...
Eu sou viva.
Fato que inevitavelmente irá me conduzir a morte.
E nesse momento fatal serei igualmente plena.
Completa.
Estarei em meu lugar, existindo no que devo existir.
Fazendo o que devo fazer.
O que nasci para fazer.
Em minha morte, irei ampliar-me e destruirei planetas inteiros.
Muitos deles não mais vivos, áridos.
Desertos de gelo que irão ferver diante de minha passagem.
Outros, entre esses planetas, terão vida.
Minhas vidas... e elas serão ceifadas, deixando como última lembrança o zunido referente a centenas de milhões de gritos, rugidos, preces e chiados ecoando em uníssono.
Engolirei todos esses mundos.
Eles irão me fornecer força para meu ultimo ato.
Mi§§ Evil
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