Não penses que quero teu afago.
E beijo tenro.
Não ouses achar que teu carinho é que me cativa a alma.
Não me sussurres palavras doces ao pé do ouvido.
Não me segures a mão com cálida bondade.
Não me seja fiel com tua visão romanceada.
Não quero a brisa leve.
Sou louco.
Quero tua raiva animalesca a brandir teus dentes.
E derramar pelo meu corpo teu veneno.
Não sou teu senhor, mas teu escravo.
Gosto da dor de ser surrado.
Se quereres minha fidelidade transforme minha vida num inferno.
De dor gritos e desespero.
Não me ame com graça, mas com loucura.
Tome-me nas tuas garras sangrando por entre teus acordes de dor.
Quero que me preencha as entranhas com teu empalo da agonia.
Não te quero só minha e sim de quem a dor te chamar ao agrado da tua surra.
Agonia é meu nome capacho minha serventia.
Marque-me com ferro como o gado.
Bata humilhe e me tome como um nada.
Serei-te fiel.
Teu gozo será minha maior tarefa.
Minha função.
Ser teu mero escravo fiel.
Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário