EU... Eu, eu mesmo... Eu, cheia de todos os cansaços, Quantos o mundo pode dar. — Eu... Afinal tudo, porque tudo é eu, E até as estrelas, ao que parece, Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças... Que crianças não sei... Eu... Imperfeita? Incógnita? Divina? Não sei... Eu... Tive um passado? Sem dúvida... Tenho um presente? Sem dúvida... Terei um futuro? Sem dúvida... A vida que pare de aqui a pouco... Mas eu, eu... Eu sou eu, Eu fico eu, Eu... (Fernando Pessoa)

10 de setembro de 2006

O meu homem

Escravo Fiel
Não penses que quero teu afago.
E beijo tenro.
Não ouses achar que teu carinho é que me cativa a alma.
Não me sussurres palavras doces ao pé do ouvido.
Não me segures a mão com cálida bondade.
Não me seja fiel com tua visão romanceada.
Não quero a brisa leve.
Sou louco.
Quero tua raiva animalesca a brandir teus dentes.
E derramar pelo meu corpo teu veneno.
Não sou teu senhor, mas teu escravo.
Gosto da dor de ser surrado.
Se quereres minha fidelidade transforme minha vida num inferno.
De dor gritos e desespero.
Não me ame com graça, mas com loucura.
Tome-me nas tuas garras sangrando por entre teus acordes de dor.
Quero que me preencha as entranhas com teu empalo da agonia.
Não te quero só minha e sim de quem a dor te chamar ao agrado da tua surra.
Agonia é meu nome capacho minha serventia.
Marque-me com ferro como o gado.
Bata humilhe e me tome como um nada.
Serei-te fiel.
Teu gozo será minha maior tarefa.
Minha função.
Ser teu mero escravo fiel.
Eduardo

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"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..." Catetano Veloso

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"SOU METAL, RAIO, RELÂMPAGO E TROVÃO..." Renato Russo

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