Uma mentira precisa ser desmascarada, para que a verdade tenha chance de prevalecer: a luta pelos chamados direitos humanos não é, nem nunca foi, a defesa da vida de delinqüentes ou assassinos. Mas por uma dessas perversidades da absurda realidade social deste país, o cidadão comum tem sido levado a crer nessa deturpação obscura. É fundamental, portanto, educar para que esse engano não se perpetue na omissão.
Direitos humanos são um conceito fácil de apreender. Consiste em preservar como valor absoluto àquilo que nos distingue como seres dotados de razão e emoção. É a defesa da própria condição humana.
Já houve quem, até mesmo em nome de Deus, quisesse privar desses direitos toda sorte de pessoa – negros, judeus, homossexuais, católicos ou protestantes, comunistas ou democratas. Queimaram, prenderam, torturaram e humilharam. Os que torcem pelo terror deveriam ficar atentos: a história do mundo está banhada de sangue inocente derramado em nome de ideais aparentemente justos.
Colocar essa discussão em seu devido lugar, definitivamente, não é tarefa fácil quando se vive em um país que permite a consolidação da barbárie no cotidiano. É terrível assistir à violência brutal até mesmo de crianças e jovens bestializados pela miséria – sim, é preciso insistir, pela miséria – de um país que aborta o futuro e o joga no meio da rua. Talvez já estejamos chorando a morte de toda uma geração. Estamos sobreviventes.
Até mesmo por isso, não podemos nos cegar pelas mãos com que cobrimos o nosso rosto apavorado. Em um exercício de fé na humanidade, é imprescindível entender que ninguém pode humilhar, violentar, matar ou impedir uma pessoa de viver como ser humano. Quando uma criança é impedida de comer, se vestir ou estudar, ela está sendo privada de sua condição humana. Não se espante se ela virar um animal.
Escrito por marcântonio
Direitos humanos são um conceito fácil de apreender. Consiste em preservar como valor absoluto àquilo que nos distingue como seres dotados de razão e emoção. É a defesa da própria condição humana.
Já houve quem, até mesmo em nome de Deus, quisesse privar desses direitos toda sorte de pessoa – negros, judeus, homossexuais, católicos ou protestantes, comunistas ou democratas. Queimaram, prenderam, torturaram e humilharam. Os que torcem pelo terror deveriam ficar atentos: a história do mundo está banhada de sangue inocente derramado em nome de ideais aparentemente justos.
Colocar essa discussão em seu devido lugar, definitivamente, não é tarefa fácil quando se vive em um país que permite a consolidação da barbárie no cotidiano. É terrível assistir à violência brutal até mesmo de crianças e jovens bestializados pela miséria – sim, é preciso insistir, pela miséria – de um país que aborta o futuro e o joga no meio da rua. Talvez já estejamos chorando a morte de toda uma geração. Estamos sobreviventes.
Até mesmo por isso, não podemos nos cegar pelas mãos com que cobrimos o nosso rosto apavorado. Em um exercício de fé na humanidade, é imprescindível entender que ninguém pode humilhar, violentar, matar ou impedir uma pessoa de viver como ser humano. Quando uma criança é impedida de comer, se vestir ou estudar, ela está sendo privada de sua condição humana. Não se espante se ela virar um animal.
Escrito por marcântonio
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