Deitei-me silenciosamente na cama quando já dormias, queria de ti o teu cheiro e partir.
Não queria levar-te nas mãos ou nos olhos.
Cega ficaria a todos os outros que pudesse encontrar se te levasse nos olhos, e nenhum outro poderia tocar se te guardasse nas mãos.
Queria só o teu cheiro.
E serias tu em cada homem que eu amasse, e serias tu em cada homem que eu tocasse. Esquecidos que estariam o teu rosto e o teu corpo.
Apagados que estariam dos meus sentidos os teus.
Queria só o teu cheiro, mas acordaste … E olhaste-me, tocaste-me, tomaste-me na boca, aspiraste os meus odores, e guardaste-os em ti.
Para ti.
Parti, quando saciado adormeceste.
Parti sem sentidos, porque de mim tu os tomaste.
Hoje longe de ti caminho.
Sabendo sempre onde estás.
Sabendo sempre onde estou.
Encandescente
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