com os sentimentos banhados no orvalho do amor é que tomo das palavras para deitar na brisa aquilo que creio ser um momento de paz...vez ou outra percebo, em desencanto, que se paz para mim fantasias para muitos outros que se embrenham por minhas letras e se enredam por minhas teias...vezes há em que, constrangido pelo equivoco alheio, vislumbro no horizonte a possibilidade de não mais semear ao espaço meus poemas...vezes há em que me questiono se ainda me apraz a exposição de meu eu, descarnado de mim, muitas vezes tomado como espelho de meu ego...vezes há em que é melhor não mais compor se a poesia leva a dor e eu tentei levar amor, confundido que é meu verso, talvez lido ao reverso...vezes há que entendo que de tanto ler a poesia, sinta-se a proximidade do poeta, e tocando as letras minhas, possa alguém supor que me tenha tocado...vezes há em que se faz mister ficar calado, pois o verso é alado, e é capaz de falar por si só, quem sabe após uma releitura ele tenha uma nova textura!
santaroza
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