A OUTRA VOZ
Deus fala pela minha boca, do outro lado
da margem estreita da garganta.
da ponte avessa ao pensamento corre
a viagem através da nebulosa.
vêm rios e risos do corpo da infância,
chuva de espanto na voz aquecida,
ecos que são os gritos de outros ecos
na comunicação de todas as coisas.
estão no limbo da folha possível,
no território de uma habitação
feita de gestos simples, breves,
tão breves como as pedras presas
à raiz das montanhas. há um abraço
no sacrilégio do relógio mudo
onde o sarcófago do tempo vasto
guarda a semente fértil pelos anos;
cativa a voz, delonga dissonâncias.
José Félix
Deus fala pela minha boca, do outro lado
da margem estreita da garganta.
da ponte avessa ao pensamento corre
a viagem através da nebulosa.
vêm rios e risos do corpo da infância,
chuva de espanto na voz aquecida,
ecos que são os gritos de outros ecos
na comunicação de todas as coisas.
estão no limbo da folha possível,
no território de uma habitação
feita de gestos simples, breves,
tão breves como as pedras presas
à raiz das montanhas. há um abraço
no sacrilégio do relógio mudo
onde o sarcófago do tempo vasto
guarda a semente fértil pelos anos;
cativa a voz, delonga dissonâncias.
José Félix
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